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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

PEDALADAS LEGISLATIVAS E TOGADAS




Está de parabéns a Associação Médica Brasileira pela rápida providência tomada junto ao Supremo Tribunal Federal, em face do fatiamento dos termos do impeachment da ex-presidente Dilma, aceitando a tese de que é culpada por crime de responsabilidade, mas, ao mesmo tempo, suspendendo a natural perda dos direitos políticos por oito anos, ao contrário do que consta do texto constitucional a respeito. A iniciativa do colegiado dos Médicos teve imediata repercussão nas redes sociais, que passaram a pressionar os Partidos (especialmente o PSDB, o PMDB e o DEM), para que fizessem o dever de casa, em termos de descer do muro e impugnar perante o Judiciário a estrovenga decisão. 

Para a opinião pública do país é inaceitável que, sob a anárquica figura da "jurisprudência criativa", o ministro Lewandovski, Presidente do STF e da sessão do Senado que aprovou o impeachment de Dilma, Renan Calheiros, Presidente do Senado e Eunício Oliveira, Líder do PMDB, tenham enganado a opinião pública e o próprio Senado com esse "gato" que colocaram na decisão final dessa casa do Congresso, inocentando a ex-presidente da perda de direitos políticos.

Que os senadores petralhas tentassem a manobra se entende, à luz da ética totalitária que os inspira. Mas que o Presidente da mais alta corte brasileira, no exercício da Presidência da câmara alta no julgamento do impeachment, bem como o Presidente do Senado e o Líder do partido a que ele pertence tenham dado sequência à torta manobra, revela o desprezo que os já citados têm pelas instituições republicanas que juraram defender. Eta turma patrimonialista incorrigível, que interpreta a lei de acordo às suas necessidades imediatas, de manter o poder como posse de família!

Resta-nos esperar para ver se o Supremo Tribunal Federal faz parar esse novo crime contra as nossas instituições, num momento particularmente melindroso, em que a ex-presidente Dilma e o seu partido se dedicaram, do alto dos cargos oficiais, e arranhar a imagem da nossa República perante o resto do mundo, sustentando impatrioticamente a tese do "golpe". Esse é, certamente, mais um crime pelo qual Dilma e a petralhada precisam responder perante a História. Crime de lesa Pátria, o pior de todos. Crime inafiançável de alta traição!

Pelo menos ficamos sabendo onde se encontram os "canalhas" de que falava o senador Ronaldo Caiado, quando encaminhou o seu voto favorável ao impeachment da Dilma. Os cidadãos deste país não somos tão ignorantes como essa caterva imagina!


2 comentários:

  1. Um reforço teórico como este é sempre bem vindo para sacudir para quem diz que é cego mas, se faz de cego.

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