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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A CIVILIZAÇÃO DO ESPETÁCULO OU A CULTURA DO EFÊMERO, SEGUNDO LEONARDO PROTA

Sem dúvida que uma das circunstâncias essenciais do homem-massa estudado por Ortega y Gasset seja a sua condição de efemeridade, ou do que se convencionou em chamar, no Brasil, dos “quinze minutos de glória”. Já mais ninguém tem tempo nem interesse para tratar das coisas duradouras. Platão, nos dias de hoje, ficaria desempregado. E os sofistas, certamente, encheriam as burras, nestes tempos raivosos de lulopetismo pragmático, que tudo quer menos profundidade. O que interessa é curtir o momento. E mais nada. Mesmo que, à custa da satisfação passageira, todo um país caia na sarjeta. Vargas Llosa, em criativa análise, denominou esse espírito de imediatismo de a “civilização do espetáculo”, que é justamente o título do seu livro mais recente.

Gilles Lipovetski, por sua vez, analisou essa síndrome como a valorização do efêmero, na moda, na maquiagem, na passageira condição de homens e mulheres que unicamente desejam as luzes da ribalta nas baladas e festinhas da society.  É a síndrome da morte do herói jovem na guerra interminável do tráfico, nas nossas violentas sociedades consumidoras e produtoras de drogas, tão bem dramatizado no filme “Rodrigo D” de Víctor Gaviria. Morrer de velho virou coisa rara nos meios marginais dominados pelo tráfico na Colômbia, no Brasil, em Honduras, na Guatemala, no México. O que interessa aos jovens miseráveis de favelas e becos é o sucesso meteórico graças aos rápidos dinheiros da droga, que de tão abundantes deixaram no chinelo a velha disciplina do trabalho e da poupança.

Pablo Escobar e os seus colaboradores audazes e assassinos, os “Pepes”, queriam justamente isso: o giro rápido do negócio, a desfaçatez do consumo suntuário à luz de todos, a conquista de belas mulheres e a morte violenta como condição da luta de todos contra todos. O mais violento se impõe. E a sua vida, como o seu reino, são efêmeros. Eis a virtude da breguice heroica das nossas miseráveis sociedades que alimentam e admiram o ideal do narcotraficante bem-sucedido. A morte instantânea na guerra do tráfico, nas sociedades latino-americanas, ergueu-se como o ideal que os gregos chamavam de “bela morte”. Que não é mais, como na narrativa épica de Homero, a coragem de morrer jovem na defesa da Polis. É a desgraça de morrer jovem tendo-se enriquecido rapidamente no negócio da morte.

O lulopetismo e os seus asseclas, no Brasil, de forma menos heroica, estão chegando a coisa parecida. Dom Quixote, nas nossas bandas, aparece mais como Sancho Panza. O desejo profundo da militância petralha era o “puder” a qualquer preço. Conseguiram chegar lá. Mas convenhamos que é impossível se manter eternamente no comando do Estado, mediante a prática da “cleptocracia”, tão oportunamente denunciada de forma corajosa pelo ministro Gilmar Mendes. Mas o que interessa, na cabeça dos militantes, é a curtição do poder, na efêmera circunstância dos holofotes do momento. O poder, antes de tudo. Para desfrutá-lo sem pejo e sem ética, como a prefeita periguete que, na cidadezinha miserável do Maranhão que a elegeu, fugiu após ter roubado o dinheiro da merenda escolar. O que interessava era ter feito a plástica desejada, ter comprado carrões e, logico, ter postado o instante escorregadio de sucesso na selfie brega que percorreu o mundo. Sucesso instantâneo que não busca aprofundamento das ideias e dos sentimentos, mas apenas surfar na onda dos bites fugazes. É a aceleração da transitoriedade permanente na tresloucada carreira das mídias sociais. A internet potencializou violentamente essa sensação de fugacidade.

Leonardo Prota, o amigo que preside com brilhantismo a Academia de Letras de Londrina, na sessão do passado 13 de Setembro fez uma bela alocução sobre o tema que venho tratando nesta breve apresentação. Divulgo a seguir, neste espaço, o texto com que o meu amigo nos presenteou nessa memorável sessão.


"A MUDANÇA DE PERFIL DOS GRANDES ESCRITORES"



Em nossa reflexão sobre “Leitura: explicitações e implicações”, encerramos o primeiro tópico (em que evidenciamos que o essencial numa boa leitura é adquirir familiaridade com conceitos), afirmando que, em nosso tempo, o escritor consagrado tem audiência limitada: Desapareceu o “intelectual” que se atribuía a função de “profeta”.

Passamos, hoje, à análise do segundo tópico: “A mudança de perfil dos grandes escritores” em que Vargas Llosa discute o assunto. Ele esclarece com propriedade que não se trata do desaparecimento dos escritores consagrados, em sua totalidade, mas de uma determinada categoria. Escreve: “Em nossos dias não existe uma única daquelas figuras que, no passado, à maneira de um Victor Hugo, irradiavam um prestígio e uma autoridade que transcendiam o círculo de seus leitores e do especificamente artístico e delas fazia uma consciência pública, um arquétipo cujas ideias, tomadas de posição, modos de vida gestos e manias serviam de padrões de conduta para um vasto setor.”

A seu ver, o clima histórico que favoreceu o seu aparecimento  resultou do encaminhamento que teve o racionalismo promovido pelo chamado Século das Luzes, “quando os filósofos deicidas e iconoclastas, depois de mata Deus e os santos, deixaram um vazio que a República teve que encher com heróis laicos.”

Com a expansão do desenvolvimento material, que trouxe como consequência o nivelamento dos cidadãos e o esmaecimento do papel das elites, desaparece esse tipo de intelectual.  Num primeiro momento, considerava que a televisão seria o grande instrumento da democracia.

Entendia, então que “essa dessacralização da pessoa do escritor não  me parece uma desgraça; pelo contrário, põe as coisas no seu lugar, pois a verdade é que não implica que quem assim está dotado para a criação literária goze de clarividência generalizada.”

Mais tarde, em 1994, a posição de Vargas Llosa era a seguinte: “Em vez de se deprimir ou se considerar um ser obsoleto, expulso da modernidade, o escritor de nosso tempo deve, isso sim, sentir-se estimulado pelo formidável desafio que significa criar uma literatura que seja digna daquela,  capaz de chegar a esse  imenso público potencial que o espera, agora que, graças à democracia e ao mercado, existem tantos seres  humanos que sabem ler e podem comprar livros, coisa que jamais aconteceu no passado, quando a literatura era, com efeito, uma religião, e o escritor um pequeno deus ao qual rendiam culto e adoravam “as imensas minorias”. Que a cortina fechou-se para os escritores pontífices e narcisos, não há dúvida. Mas o espetáculo pode ainda continuar se seus sucessores conseguirem que seja menos pretensioso e muito divertido.”

Penso que seja oportuno lembrar que Mario Vargas Llosa, nascido no Peru em 1936, e hoje divide seu tempo entre Londres, Paris, Madri e Lima, é um dos mais importantes escritores da atualidade, autor de uma extensa obra literária, vencedor de prestigiosos prêmios, entre eles o Prêmio Nobel de Literatura.

No livro que ele publicou em 2012, com o título de “A civilização do espetáculo – Uma radiografia do nosso tempo e de nossa cultura”, Vargas Llosa considera que aquilo que os meios de comunicação colocaram em lugar da cultura que erigimos no passado reduz-se progressivamente a alimentar as paixões baixas dos comuns dos mortais.Vejamos, ainda que resumidamente, em que consiste essa reação.

A civilização do espetáculo não substitui a cultura.

No livro indicado, Vargas Llosa demonstra que existe hoje, toda uma linhagem de obras, - majoritariamente de origem francesa -, que preconiza a substituição  dos valores tradicionais  por algo que chega a reconhecer-se como contracultura. Entre vários autores, menciona  Frederic Martel , “Mainstream” . (Paris: Flammarion, 2010). A corrente principal (mainstream) seria a prevalência do entretenimento. Indica Vargas Llosa : Martel não se preocupa de livros “nem de pintura ou escultura, nem de musica ou dança clássica, nem de filosofia e humanidades em geral, mas exclusivamente de filmes, programas de televisão, videogames, mangás, shows de rock, vídeos e tablets, bem como das “indústrias criativas” que produzem, patrocinam e promovem, ou seja, das diversões do grande público que foram substituindo a cultura do passado e acabarão por liquidá-la.”

Destaca que o autor vê com simpatia essa transformação. Parece-lhe que “arrebatou a vida cultural à pequena minoria que antes a monopolizava e a democratizou, pondo-a ao alcance de todos”. E ainda que os conteúdos dessa nova espécie de cultura estariam em consonância com os avanços científicos e tecnológicos em geral.
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No entendimento de Vargas Llosa essa realidade não tem merecido a necessária atenção de parte da sociologia e da filosofia. O certo é que a imensa maioria do gênero humano “não pratica, não consome nem produz outra forma de cultura que não seja aquela que, antes, era considerada pelos setores cultos de maneira depreciativa, mero passatempo popular, sem parentesco com atividades intelectuais, artísticas e literárias que constituíam a cultura”. Na visão de Martel essa já teria morrido, sobrevivendo apenas em pequenos nichos sociais, sem influir de modo algum o que se transformaria no fluxo principal.

Afirma Vargas Llosa: “A diferença essencial entre a cultura do passado e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela pretendia transcender o tempo presente, durar, continuar vivos nas gerações futuras, ao passo que os produtos deste são fabricados para serem consumidos no momento e desaparecer, tal como biscoitos ou pipoca. Tolstoi, Thomas Mann e ainda Joyce e Faulkner escreveram livros que pretendiam derrotar a morte, sobreviver a seus autores, continuar atraindo e fascinando os leitores nos tempos futuros. As telenovelas brasileiras e os filmes de Hollywood, ainda com os shows de Shakira, não pretendem durar mais que o tempo da apresentação, desaparecendo pra dar espaço a outros produtos geralmente bem sucedidos e efêmeros. Cultura é diversão e o que não é divertido não é cultura”.

O ponto fraco desse movimento, diríamos nós, consiste em que a vida não se reduz a entreter-se. A sociedade em que vivemos não é a sociedade do entretenimento. O mundo do trabalho é extremamente competitivo. Não basta ter domínio do funcionamento do tablet ou do celular para assegurar-se um emprego, ainda que vinculado ou dependente da informática.  A autêntica formação profissional não pode prescindir do hábito da leitura e do estudo. O conhecimento não irá sustentar-se graças à simples habilidade em acessar informações.

A par disso, há duas outras circunstâncias que atuariam no sentido de contrapor-se ao mencionado movimento.

A primeira delas diz respeito à perspectiva de desenvolvimento do ensino de nível superior, na previsão do conhecido estudioso norte-americano Nathan Harden, que afirma que o grande desenvolvimento a verificar-se diz respeito ao ensino à distância. As grandes universidades norte-americanas e europeias passarão a ter milhões de alunos, em consequência do que desaparecerão em grande parte os Campi.

Na mencionada modalidade de ensino, o primeiro passo há de consistir em instruir o aluno quanto às formas de estudar. O ensino à distância repousa em dois instrumentos simultâneos e imprescindíveis: um texto de excelente qualidade e um sistema tutorial eficaz. De parte do aluno, se não aprende a estudar não saberá tirar proveito do material de qualidade a que terá acesso, notadamente, de um lado, em adquirir a habilidade de apropriar-se do essencial e, ao mesmo tempo, tirar partido  da possibilidade da acesso ao autor.

A segunda consiste em que na Internet não estão acessíveis apenas os textos simplistas e de informação mínima e superficial. Pode-se acessar material de outra índole, facultados por sites e instituições renomadas.

Na própria televisão, em especial na TV a cabo, há filmes culturais de excelente qualidade. Para citar apenas os ingleses, a BBC e a Open University produzem material de valor excepcional.

Quanto à produção cultural, com exceção talvez da arte plástica contemporânea – que parece ter sucumbido de forma irreversível à mediocridade -, os grandes museus mantêm acesso ao notável patrimônio histórico acumulado pela arte do Ocidente. No que respeita ao cinema, Hollywood enveredou pelo caminho da produção em massa, embora abrigue atores de excepcional qualidade, acha-se ao serviço exclusivo do entretenimento vulgar. Contudo, o cinema europeu tem dado provas da capacidade de resistência.

Na preservação e desenvolvimento do nosso patrimônio musical, sobrevivem tanto nos Estados Unidos como na Europa, instituições que continuam impávidas na sua trajetória, a exemplo do Carnegie Hall.

Registre-se, igualmente, que nos Estados Unidos, o Endowment for Humanities, mantido pelo governo federal, realiza um trabalho notável no âmbito da cultura geral.




sexta-feira, 18 de setembro de 2015

LA UNIVERSIDAD DE MEDELLÍN Y EL DESARROLLO REGIONAL EN LOS AÑOS 70

Universidad de Medellín - Vista parcial del bello campus

Entre Marzo de 1975 y Diciembre de 1978 desempeñé, en la Universidad de Medellín, el cargo de Director del Centro de Postgrado e Investigaciones “Luis López de Mesa”. Acababa de regresar del Brasil, en donde había cursado, en la Pontificia Universidad Católica de Rio de Janeiro, la maestría en filosofía. A pesar de que, al regresar al país, aún estaba vinculado formalmente a la Universidad Externado de Colombia, en Bogotá, no reanudé mis labores docentes en esta Universidad. Como había recibido beca de la Organización de los Estados Americanos para cursar la maestría en Brasil, debería volver a la Universidad Externado de Colombia.

Con todo, el rector, Fernando Hinestrosa Forero, no cumplió con el compromiso firmado con la OEA, de recibirme de nuevo en el claustro en el que laboré entre 1971 y 1972. Las razones del Dr. Hinestrosa Forero para haberme dejado por fuera de la institución eran claras: yo era un profesor de izquierda, vinculado a movimientos radicales, cosa que era inaceptable para un conservador positivista como Hinestrosa Forero. La Facultad de Servicio Social del Externado, dirigida por la profesora holandesa Maria Peters, mi amiga, era un centro de pensamiento izquierdista y el rector Hinestrosa estaba dispuesto a acabar con ese foco de agitación. Lástima que no tuve tiempo para explicarle al Dr. Hinestrosa que había cambiado de posición política durante mi tiempo de estudios para la maestría en Rio. Mi orientador, Antônio Paim (gran amigo desde entonces), me obligó a leer los clásicos liberales, como condición para la elaboración de la disertación de maestría, que defendí a fines de 1974 con el siguiente título: A filosofía política de inspiração positivista. Se trataba de un estudio del positivismo en Rio Grande do Sul, hoy en la tercera edición, habiéndose convertido en un clásico de los estudios de historia de las ideas políticas en Brasil. [1] Mi análisis estaba acompañado por una crítica desde el punto de vista liberal a los positivistas. Las lecturas de Locke, Kant, Montesquieu, Adam Smith, Tocqueville, mudaron definitivamente mi cabeza. Me torné liberal por opción. Era esto lo que le diría al Dr. Hinestrosa, en el caso de que hubiera sido posible hablar con él. Con todo, no conseguí la entrevista con el rector…

Volví, por lo tanto, a Medellín, a la casa de mis padres. Poco después de instalarme allí, recibí del Dr. Orión Alvarez Atehortúa (a quien había conocido antes de viajar al Brasil), la invitación para vincularme a la Universidad de Medellín, de la cual era rector. Orión había trabajado con el Banco Mundial en Chile (durante el gobierno socialista de Salvador Allende) y en el Paraguay (durante la administración Stroessner). En Rio de Janeiro, él había sido docente de la prestigiosa Escuela Interamericana de Administración Pública, dirigida por Athyr Guimarães. El doctor Alvarez había dejado en Rio la imagen de un investigador muy serio y sus orientaciones fueron de gran valor para la realización de mis estudios de maestría (entre 1973 y 1974).

Durante los cuatro años que pasé en la Universidad de Medellín (Marzo de 1975 a Diciembre de 1978) realicé, en el Centro de Postgrado e Investigaciones, un trabajo bastante intenso. Se trataba de sentar las bases para el ulterior desarrollo de los postgrados y la investigación en la citada Universidad. Había sucedido, en la dirección del Centro “Luis López de Mesa”, al amigo Diego Salazar (hoy vinculado a la Universidad de Oklahoma, en los Estados Unidos), quien enfocó las actividades del postgrado en el área de la administración financiera y la estadística.

Sin abandonar estas áreas, yo debería ampliar el radio de acción del Postgrado para otras áreas vinculadas a la administración empresarial, según las orientaciones recibidas del rector.  El modelo implantado por el Dr. Alvarez en la Universidad era el de la gestión por objetivos y con total libertad para los ejecutivos que estaban al frente de las unidades académicas. Definido el objetivo a ser alcanzado, había muy amplio terreno para realizarlo. Solamente era cobrado por el rector que los medios no se sobrepusieran a los fines, generando gastos innecesarios. Así, durante mi permanencia en la Universidad de Medellín, pude llevar a cabo los proyectos que propuse y que, con escasas modificaciones, fueron aprobados por la Rectoría y refrendados por el Consejo Directivo.

Escogí como área prioritaria para adelantar las actividades del postgrado la administración urbana y regional. Tomé esa decisión después de observar que faltaba esta área de estudios en las Universidades de la región y a partir de discusiones de la idea con el Rector y los decanos de las varias Facultades. Él había trabajado para el Banco Mundial justamente en proyectos en ese terreno. Y en ese mismo campo se había desempeñado en Medellín, anteriormente, organizando la Secretaría de Planeación del Departamento de Antioquia.

Como objetivo secundario de mi gestión adopté la meta de atender a la demanda de formación de postgrado de corta duración, en cursos y seminarios ofrecidos por el Centro de Postgrado. Esta meta ayudaría a la Universidad de Medellín a conocer mejor las necesidades regionales en cuanto a la formación de recursos humanos se refiere, a fin de, en otra etapa, partir para el diseño de programas de postgrado que respondieran a las necesidades  sentidas.

A fin de canalizar los estudios y las actividades en la organización de un Programa de Postgrado de Desarrollo Urbano y Regional, fue creado, en Mayo de 1976, el Centro de Estudios Urbano-Regionales, CEUR. Conté, para esta iniciativa, con el auxilio de dos excelentes especialistas: el ingeniero de tránsito y transportes Rodrigo Salazar Pineda, mi amigo (quien quedó al frente del CEUR), asesorado por la arquitecta y urbanista Sonia Gutiérrez Castro. Fueron realizadas por este Centro investigaciones en el terreno de la demanda de transporte público de masa en la región del Valle de Aburrá. Esas investigaciones iniciales condujeron a la idea de realizar un encuentro internacional de transporte de masa, que sería efectuado en 1979, como de hecho ocurrió, bajo los auspicios de la Universidad de Medellín y el Centro de Desarrollo Andino (CINDA), al cual estaba afiliada la Universidad de Medellín. El evento fue coordenado con pleno éxito por Rodrigo Salazar, en abril de 1979.

A partir de las actividades del CEUR se reforzó la idea, en el contexto del Plan Metropolitano de Medellín, de la construcción del Metro. Entre 1976 y 1978 fueron invitados por el Centro de Postgrado a dar conferencias en el área de transporte masivo urbano, algunos especialistas brasileños que habían colaborado en la construcción del Metro en las ciudades de São Paulo y Rio de Janeiro. Por otra parte, se hicieron convenios para intercambio de información y de experiencias con la Universidad de Los Andes, en Bogotá, con el Centro Interuniversitario de Desarrollo Andino (CINDA), con sede en Santiago de Chile, con el Centro de Pesquisas Rodoviarias de Rio de Janeiro, con la Escuela Interamericana de Administración Pública, en Rio de Janeiro, con la Coordinación de los Programas de Postgrado en Ingeniería de la Universidad Federal de Rio (COPPE), con el Instituto de Pesquisa Económica Aplicada del Ministerio de Planeación, en Rio de Janeiro (IPEA), con la oficina de la Organización de los Estados Americanos en Colombia, con el Instituto de Desarrollo Urbano de Bogotá y con el programa de Administración Regional de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul, en Porto Alegre.

El trabajo que ahora es divulgado en este ensayo fue presentado por mí en el encuentro sobre “Universidad y Desarrollo Regional”, realizado por el Centro Interuniversitario de Desarrollo Andino (CINDA) en Santiago de Chile, en Agosto de 1978. En él se exponen otras realizaciones llevadas a cabo por el Centro de Postgrado y por el CEUR.

Vista nocturna del centro de Medellín


INTRODUCCIÓN

El Seminario que CINDA ha promovido sobre el tema “Universidad y Desarrollo Regional” responde ampliamente a las expectativas y a importantes realizaciones de la Universidad de Medellín, así como de otras Universidades que tienen sede en esta región, entre las cuales se destaca otro centro de estudios superiores vinculado a CINDA, la Universidad EAFIT.

Hemos procurado ceñirnos lo más posible en este trabajo al esquema sugerido por CINDA.  Empero, tratándose de una presentación que debería atender dos aspectos como son la situación de las Universidades de la región de Medellín en relación con el desarrollo regional y la experiencia de la Universidad de Medellín al respecto, nos vimos obligados a orientar nuestra exposición abarcando los campos mencionados. Así, en la primera parte, que hemos titulado “Antecedentes”, esbozamos rápidamente la situación del sistema universitario de la región de Medellín. Por limitaciones en la extensión del trabajo, no tratamos en esta parte elementos conceptuales relacionados con el tema “la importancia de las Universidades como elemento movilizador de recursos”, cosa que se nos había sugerido; esperamos que en base al abundante material que CINDA tiene al respecto, el Seminario pueda contar con alguna ampliación sobre el particular.

En la segunda parte, que titulamos: “Relación de la Universidad de Medellín con el sistema de desarrollo regional” exponemos la experiencia de dicha institución en ese campo, particularizando las realizaciones adelantadas a partir de 1973 en el Centro de Estudios de Postgrado e Investigaciones “Luis López de Mesa”, a cuyo frente hemos estado desde comienzos de 1975.

En la tercera parte titulada: “Organización universitaria y Desarrollo Regional”, volvemos a la perspectiva global de las Universidades de la región, señalando algunas variables que integran una visión prospectiva de las relaciones Universidad – Desarrollo Regional. Aunque nuestra conclusión sea un tanto pesimista acerca de la existencia de planes de desarrollo para la región de Medellín, la tónica de nuestro trabajo es positiva, por cuanto en él destacamos los innumerables valores – en recursos humanos principalmente – que posee nuestra región, en una perspectiva de contribución al desarrollo de la misma.

Queremos expresar nuestros agradecimientos y los de la Universidad de Medellín a CINDA y a las entidades patrocinadoras por la realización de este importante evento, que sin lugar a dudas es de mucha utilidad para las Universidades que participan en él.

Ricardo Vélez Rodríguez
Director del Centro de Estudios de Postgrado e Investigaciones “Luis López de Mesa” de la Universidad de Medellín.

1 – ANTECEDENTES

1.1    – El Sistema de desarrollo regional y el sistema universitario de Medellín. Características de la Universidad de Medellín.

Dos consideraciones preliminares acerca de este particular deberían ser hechas: en primer lugar, con referencia al sistema de desarrollo regional en sí. En segundo término, en relación con el nexo entre sistema universitario de Medellín y sistema de desarrollo regional.

Centrando la atención en la primera consideración, podemos hablar de una insuficiente estructuración de un sistema de desarrollo regional para Medellín, del cual deberían provenir claras políticas encaminadas a dinamizar las fuerzas económicas, sociales, políticas y culturales hacia un adecuado desarrollo regional.

Orión Alvarez Atehortúa, [2] ex-director departamental de Planeación y ex-rector de la Universidad de Medellín, destacaba la insuficiente estructuración del mencionado sistema. El politólogo Fernando Cepeda Ulloa (quien fue vice-rector de la Universidad de los Andes y Ministro de Gobierno) destacaba, por su parte, en fundamentado estudio, el desconocimiento que hay, por parte de los colombianos, en lo que respecta a las investigaciones para calibrar el poder que han tenido las Agencias Internacionales frente a las Agencias del Estado colombiano, en las cuestiones que atañen al desarrollo del país. Este desconocimiento es, a nuestro modo de ver, indicio de un gran vacío en cuanto a una planeación que debería señalar previamente la cabida que se les darían a las mencionadas Agencias Internacionales en cuestiones de tanta monta.

A propósito, escribía el mencionado autor: “No sé de estudios que muestren (…) el impacto que la preparación de estudios de base, y luego de prefactibilidad y factibilidad por misiones extranjeras con muy poca o ninguna participación nacional, ha incidido en la formación de equipos humanos en nuestro medio y en la formación de una tradición investigativa sobre nuestra realidad nacional; cuál ha sido la repercusión que el comportamiento de estas agencias ha tenido en lo que ha sido – y mucho más crítico aún – lo que va a ser el proceso de generación de ideas, de escogencia de opciones, de formulación de políticas, y de adopción de las mismas; en qué medida el desarrollo institucional colombiano, ministerios, institutos descentralizados, departamentos administrativos, fondos especializados, ha sido inducido – cuando no directamente influido – por razón de las necesidades de administración de los préstamos y en qué forma ese desarrollo institucional ha afectado tanto nuestro proceso de decisiones como el papel que constitucionalmente le corresponde a determinadas agencias dentro del Estado colombiano. ¿Ha sido afectado el papel del Congreso en lo que se refiere a su facultad de ordenar el gasto público? ¿En lo que tiene que ver con el proceso de fiscalización? ¿En lo que toca a su papel de colegislador y crítico de las políticas gubernamentales? ¿Quién, por ejemplo, ha ejercido una función contralora más eficaz, más permanente, más ilustrada en cuanto a las inversiones públicas en el sector eléctrico, en el sector de transporte? ¿El Congreso de Colombia, las Asambleas Departamentales, los Concejos Municipales  o el Banco Mundial, el Banco Interamericano, el Fondo Monetario Internacional o la AID? ¿Quién ha leído y quién ha hecho observaciones más cuidadosas a los planes de desarrollo? ¿Estas Agencias o el Congreso colombiano o nuestros partidos políticos o, si se quiere, los grupos de presión locales o la opinión pública de las Universidades? ¿Quién ha sido responsable por la continuidad de algunas políticas, por ejemplo en el sector de exportaciones, en la política monetaria, en la política de fijar las tarifas de los servicios públicos, en la política de desarrollo eléctrico, etc.? ¿Las agencias internacionales o las agencias locales? Toda una serie interminable de preguntas similares a éstas podrían plantearse sin que pudiera, para responderlas, tener una base de apoyo en alguna investigación buena o mala que arroje luz sobre estos interrogantes. Es posible que para muchos de Ustedes no sea necesario ni siquiera interrogarse sobre estos asuntos, porque tienen ya suficiente claridad y si no saben las preguntas, sí, y con toda seguridad, creen que saben las respuestas”. [3]

Se conoce como “Valle de Aburrá” el área metropolitana de Medellín integrada por este municipio como epicentro, además de los de Bello, Itagüí, Caldas, La Estrella, Copacabana, Barbosa, Girardota y Sabaneta. A pesar de que en la reforma constitucional de 1968 se estableció la posibilidad de creación de áreas metropolitanas en Colombia, hasta el presente (1978) no se ha estructurado ninguna, debido a dos razones fundamentales: la innecesaria complicación administrativa y política que conlleva su creación y la inoperancia de las mismas, dada la ausencia de poder político que las afecta, de acuerdo con la citada reforma.

Al respecto, escribía Orión Alvarez: “Lo peor de la reforma constitucional es que si los trámites culminaran con éxito, la creación del área metropolitana resultaría intransitiva, porque no se estableció como unidad de gobierno, o sea, de la misma naturaleza política y administrativa que la Nación, los Departamentos, los Municipios, las Intendencias, las Comisarías y el Distrito Especial de Bogotá. Al no ser el área metropolitana una unidad de gobierno carece como es obvio de poder gubernamental y también de financiación. Estas carencias institucionales de poder y de dinero, hacen de las áreas metropolitanas simples formas constitucionales, y nada más”. [4]

De lo anterior el autor deducía la imposibilidad de la existencia de un plan metropolitano en el sentido estricto del término, que supone una decisión política acerca de cómo se debe decidir, en el futuro,  en relación con el logro de unos determinados propósitos. En Colombia no existe una autoridad metropolitana que esté debidamente facultada para la aprobación de tal plan. “En definitiva – concluía Orión Alvarez – no hay ni gobierno, ni dinero en las áreas metropolitanas, ni puede haberlos mientras subsista la reforma constitucional del 1968 en esta materia. La celeridad con que se tramitó dicha reforma y el escaso conocimiento que sobre áreas metropolitanas se tenía en el país, explican quizás los errores que venimos criticando”.[5]

Es lógico que a nivel del Valle de Aburrá existen institutos descentralizados o entidades de apoyo de los Departamentos municipal y departamental de planeación, como es el caso del Instituto para el Desarrollo de Antioquia (IDEA), el Plan Metropolitano o los Municipios Asociados del Valle de Aburrá (MASA), que de alguna manera contribuyen a racionalizar determinados aspectos del desarrollo de la región. Pero falta la institución de la cual emane una política global de desarrollo regional, que tenga la fuerza política y económica suficiente para comprometer las fuerzas vivas de la región en la elaboración y ejecución de un plan metropolitano de desarrollo.

Con lo expuesto anteriormente, podemos pasar a analizar la segunda consideración que enunciábamos al comienzo, o sea, la relacionada con el nexo entre sistema universitario de Medellín y sistema de desarrollo regional.

Dos serían las alternativas para el logro de este nexo: o la existencia de una institución de la cual emanaran las políticas de desarrollo regional y que comprometiera las fuerzas vivas de la región en este propósito, incluyendo entre éstas a las Universidades locales, o la presencia de una entidad que coordinara la labor de la Universidades, a fin de ponerla en relación con las instituciones existentes vinculadas al desarrollo del Valle de Aburrá.

La primera alternativa ha quedado descartada con el análisis hecho anteriormente. En cuanto a la segunda, aunque hubo un intento de creación de una corporación interuniversitaria que permitiera el trabajo conjunto entre las Universidades de la región, dicha iniciativa fracasó al cabo del primer año, debido a la asfixia económica determinada en gran parte por la ausencia de interés de parte del Gobierno Nacional, así como de los Gobiernos Departamental y Municipal, para apoyarla. [6] De esta forma, las Universidades que funcionan en el área metropolitana de Medellín trabajan descoordinadamente, sin que el Instituto Colombiano para el Fomento de la Educación Superior (ICFES), que es la entidad del Ministerio de Educación Nacional encargada de fijar las políticas de desarrollo universitario para el País, haya podido coordinar una acción conjunta interuniversitaria, o al menos fijar planes a escala regional. El centralismo y la burocratización crecientes del mencionado Instituto lo han casi que confinado a ser simplemente un organismo que aprueba o no programas académicos, sin que sus políticas sean debidamente conocidas por parte de las Universidades de la región. [7] Esto sucede a pesar de que existe interés de parte de no pocos funcionarios del ICFES por prestar servicios a las diferentes regiones del país.

La Universidad de Medellín, que es una fundación particular sin ánimo de lucro, creada en 1950, distribuye sus 4.758 estudiantes en las siguientes Facultades: Derecho, Economía Industrial, Ciencias Administrativas, Educación, Estadística, Contaduría Pública e Ingeniería Civil. Cuenta, además, con dos unidades de postgrado: el Centro de Estudios de Postgrado e Investigaciones “Luis López de Mesa” y el Instituto de Derecho Penal y Criminología.

1.2    – La descoordinación en el sistema universitario de Medellín.

La falta de una entidad que coordine el trabajo de las diferentes Universidades a nivel regional se hace evidente, si consideramos la carencia de estudios de factibilidad, desde el punto de vista de las necesidades regionales, para las varias especialidades que se ofrecen. Hay carreras que tradicionalmente son muy procuradas por el simple prestigio del que siempre han gozado (como es el caso del Derecho, por ejemplo), o que en las últimas décadas han tenido bastante incremento (Economía y Administración de Negocios), debido a una fuerte demanda de profesionales hace varios años. Con todo, la carencia de estudios actualizados acerca del mercado profesional, en relación con el estado de la economía colombiana y con los planes nacionales de desarrollo, ha conducido a un callejón sin salida al futuro profesional. [8]

Actualmente son raros los campos en los que no hay desempleo profesional. Profesiones que hasta hace unos 5 o 6 años tenían un promisorio mercado de trabajo, como era la Ingeniería Civil, ven a sus profesionales abocados, al egresar de la Universidad, a subemplearse o a procurar frentes de trabajo diferentes de su especialidad. [9]

Es claro que la problemática del desempleo profesional no se circunscribe únicamente a la región del Valle de Aburrá, sino que es un fenómeno de proporciones nacionales, debido en gran parte a que el crecimiento de la industria no ha acompañado durante los últimos 8 años al crecimiento del sistema de la educación superior. Son muy dicientes, en ese sentido, las reiteradas críticas que la Asociación Nacional de Industriales (ANDI) ha formulado al Gobierno en los últimos tres años por privilegiar el crecimiento de los grupos financieros sin dar semejantes garantías al sector industrial, que se ha visto afectado en su normal desarrollo. [10]

Si la coordinación entre las Universidades existentes en el Valle de Aburrá es inexistente, también lo es  entre las Universidades y los demás centros de formación profesional que funcionan en la región, como son los Institutos Tecnológicos, [11] el Servicio Nacional de Aprendizaje (SENA), los programas de reciclaje profesional de algunos Institutos Descentralizados, la Escuela Superior de Administración Pública (ESAP), los programas de actualización profesional ofrecidos por los departamentos de capacitación de las empresas y las asociaciones profesionales, el Instituto Colombiano de Administración (INCOLDA), etc. [12] Esta descoordinación ha llevado a la saturación del mercado de cursos de reciclaje profesional en áreas como la administración financiera, la gestión de personal, etc., fenómeno que ha traído serios problemas financieros a muchas de estas instituciones.

Al problema de la falta de coordinación entre las Universidades de la región y entre éstas y los demás centros de formación profesional, se suma la difícil situación financiera del sistema universitario, agravada en los últimos 4 años por la carencia de una clara política nacional al respecto. En líneas generales, en ese período han sucedido varios fenómenos contradictorios: corte de los auxilios nacionales para las Universidades privadas; congelación de las matrículas en éstas; entrega de cargos administrativos y docentes a personas no idóneas en las Universidades públicas, cediendo a presiones políticas de grupos de activistas. Estos fenómenos han producido las siguientes consecuencias: crisis financiera en las Universidades privadas, que se han visto obligadas a elevar el costo de las matrículas, acudiendo a medidas que entran en pugna con la congelación oficial y que encarecen la educación superior para el estudiante; bajo rendimiento académico de las Universidades públicas, que permanecen buena parte del año cerradas por obra de los agitadores políticos, hecho que desestimula a los estudiantes esforzados, obligándolos a buscar la Universidad privada, o a abandonar los estudios universitarios por imposibilidad de financiamiento de la matrícula.

2          – RELACIÓN DE LA UNIVERSIDAD DE MEDELLÍN CON EL SISTEMA DE DESARROLLO REGIONAL.

2.1    – La participación institucional de la Universidad de Medellín en las labores de las entidades regionales de desarrollo.

Como lo destacábamos en el anteriormente, no existe propiamente constituida el área metropolitana de Medellín, como tampoco se da la existencia de una autoridad metropolitana que tenga el poder para la elaboración y la puesta en marcha de un plan metropolitano en sentido estricto. De esta manera, no podemos hablar de una corporación regional de desarrollo. En el Valle de Aburrá se da, más bien, la presencia de institutos descentralizados o entidades de apoyo de los entes municipal y departamental de planeación, que coexisten con las unidades políticas tradicionales: el municipio y el departamento, unidades que funcionan en Colombia más con un criterio puramente político que técnico.

Debido a lo que acabamos de anotar, cabe preguntarnos más bien por la participación institucional de la Universidad de Medellín en las labores de las entidades que apoyan a los Departamentos municipal y departamental de planeación y a los gobiernos departamental y municipal en la realización de planes de desarrollo. Ya enumerábamos atrás algunas de esas entidades: el Instituto para el Desarrollo de Antioquia (IDEA), el Plan Metropolitano, Municipios Asociados del Valle de Aburrá (MASA). Recientemente fue constituida la Empresa de Desarrollo Urbano, pero sus labores apenas están iniciando.

Respondiendo a la pregunta formulada en el párrafo anterior, debemos decir que no hay una participación institucional y formal de la Universidad de Medellín en las labores de las entidades regionales de desarrollo. A pesar de que hay muchos profesionales ex alumnos de la Universidad vinculados a los gobiernos departamental y municipal, aún no se ha llegado a la creación de vínculos institucionales entre la Universidad de Medellín y las entidades mencionadas anteriormente. Como veremos más adelante, la colaboración de la Universidad con estas entidades se da de manera no formal a través de los cursos de reciclaje profesional y de eventuales servicios de asesoría prestados por determinada unidad académica de la Universidad. Esto no significa que haya falta de interés de las entidades regionales de desarrollo hacia la Universidad y viceversa. El interés mutuo se manifiesta en la buena aceptación que hay por parte de esas entidades, en relación con los programas que se les ofrecen. Asimismo, la Universidad trata de responder a necesidades sentidas en el campo del desarrollo regional mediante programas especiales; en este campo, el Centro de Estudios Urbano-Regionales y el Centro de Estudios de Postgrado e Investigaciones “Luis López de Mesa” han cumplido una meritoria labor, que tendremos oportunidad de analizar a continuación.

2.2    – Actividades de formación y refuerzo de la capacidad de gestión: cursos regulares y cursos de actualización.

A – En relación con los primeros, cabe anotar que durante los últimos cuatro años ha habido una creciente preocupación de las directivas y del profesorado de la Universidad, en pro de una planeación académica que esté más de acuerdo con las necesidades del medio. Este esfuerzo de planeación se ha manifestado en dos tipos de reformas que han contribuido a la renovación académica de la Universidad: en primer lugar, modificación de los pénsumes de algunas unidades académicas, a fin de ponerlos más a tono con las necesidades profesionales del medio. Entre 1975 y 1977 sufrieron reformas substanciales los currículos académicos de las Facultades de Ingeniería Civil, Economía Industrial, Ciencias Administrativas y Derecho. Por su parte, la Facultad de Ciencias de la Educación abrió, en 1977, dos nuevas áreas de estudio, a fin de satisfacer la carencia de profesionales de ciencias básicas en los colegios e institutos tecnológicos de Medellín. En segundo lugar, ha habido reformas de la estructura académica de la Universidad, a nivel de los Consejos de Facultad y del Consejo Directivo.

A raíz de la creciente agitación política universitaria de la última década, la Universidad de Medellín sufrió, lo mismo que otras Universidades colombianas y latinoamericanas, [13] la perturbación política originada en el hecho de que el criterio de selección de los representantes estudiantiles y profesorales era, exclusivamente, el grado de compromiso de los candidatos con la agitación política de grupos identificados con la extrema izquierda. Este criterio llevó a crear en la Universidad de Medellín, durante los años 1975 y 1976, serios impasses en el funcionamiento de los Consejos Académicos de Facultades y en el Consejo Directivo. Gracias a una enérgica intervención del Rector, Orión Alvarez, apoyado por la Consiliatura (Consejo Superior de la Universidad de Medellín) y de los Decanos, se consiguió despolitizar la representación ante los Consejos Académicos y el Consejo Directivo. Es cierto que en este reajuste se sacrificó la representación estudiantil, que hasta el presente no ha dado muestras de madurez suficiente para asumir una tarea propiamente académica.

En la actualidad, los Consejos de Facultad han quedado integrados por el Decano, los profesores coordinadores de área y los representantes de los egresados. El Consejo Directivo es constituido por el Rector, los Decanos, dos representantes de la Consiliatura y dos representantes de los Profesores. La actual configuración de los Consejos Académicos y del Consejo Directivo ha permitido trabajar en un ambiente libre de la agitación política. A comienzos de 1978 fue promulgado el nuevo reglamento académico de la Universidad, que racionaliza el desarrollo de los diferentes currículos.

Los logros a que hemos hecho alusión son importantes, en la medida en que significan una base firme para futuros programas proyectados sobre el desarrollo regional. Sin estabilidad política al interior de la Universidad, es imposible conseguir un mínimo de rendimiento académico.

B – En lo referente a los cursos de actualización para profesionales con título universitario, ellos se han venido programando a través del Centro de Estudios de Postgrado e Investigaciones “Luis López de Mesa” (que en lo sucesivo de esta exposición será denominado simplemente como Centro de Postgrado). Se hace necesario un breve recuento de la estructura del Centro, a fin de entender cabalmente sus funciones en el campo de los programas de reciclaje profesional.[14]

El Centro de Postgrado de la Universidad de Medellín fue creado el 19 de Noviembre de 1971. Según se desprende de la “Exposición de la Universidad de Medellín ante el Comité de Estudios de Postgrado”, [15] los objetivos del Centro son los siguientes: dar un impulso vigoroso a la investigación, en las diferentes áreas, tanto humanísticas como técnicas y mantener un acervo de material didáctico de la más alta calidad, a fin de lograr una integración de la Universidad con la comunidad nacional, partiendo del análisis de nuestras circunstancias particulares; elaborar programas a nivel de postgrado orientados netamente a la problemática colombiana, utilizando las técnicas modernas más adecuadas a nuestro medio; asimilar nuevas técnicas; preparar personal colombiano altamente tecnificado, que se desempeñe a la altura de las condiciones de nuestro país; contribuír decididamente a la no fuga de cerebros; realizar inventarios de los recursos humanos y físicos con que cuenta el País; enfatizarles a los dirigentes la alta responsabilidad que tienen de comprender y llevar a la práctica las aspiraciones y los ideales de la comunidad.

De tan amplia gama de objetivos, el Centro de Postgrado ha hecho más énfasis en el cumplimiento del que se relaciona con la programación de cursos de postgrado orientados netamente a la problemática colombiana. En la realización de este objetivo, el Centro ha procedido gradualmente, [16] ofreciendo primero cursos de reciclaje profesional en diferentes áreas, a fin de sondear las necesidades del medio y lanzarse a programas de postgrado de larga duración, solamente después de esto. Aún continúa el Centro en la primera etapa, aunque ya se han identificado áreas posibles de especialización, como señalaremos más adelante, directamente relacionadas con el desarrollo regional del Valle de Aburrá.

En la programación de cursos de reciclaje profesional, el Centro ha ido evolucionando hacia una mayor pluralidad e interdisciplinaridad. De 16 cursos de actualización profesional que fueron ofrecidos por el Centro entre 1973 y 1976, su distribución por áreas fue la siguiente:


Área                                                                         Número de Cursos ofrecidos 
Administración y Mercadeo                                  7
Matemáticas puras y aplicadas                             4            
Ingeniería                                                                 3
Literatura                                                                 1
Filosofía                                                                    1

Entre Febrero de 1977 y Julio de 1978 aumentó sensiblemente tanto el número como la diversificación por áreas de los cursos ofrecidos. La siguiente fue su distribución por áreas, para un total de 31 cursos:

Área                                                                           Número de Cursos ofrecidos
Economía                                                                  1
Administración y Mercadeo                                   3
Ciencia Política                                                         3 
Metodología de la Investigación                            3
Física                                                                         2  
Matemáticas puras y aplicadas                              4
Desarrollo Urbano y Regional                                3
Química                                                                    2
Ingeniería                                                                 2
Metodología de la Enseñanza                                3
Filosofía                                                                    1
Ecología y Biología                                                   2
Lingüística                                                                 1
Técnicas de Fotografía                                             1                                                                                                                     

Aunque durante el período comprendido entre Enero de 1977 y Julio de 1978, hubo un aumento sensible en el número de profesionales beneficiados con relación al período anterior (1973-1976), con todo, el número de horas de los cursos ofrecidos fue superior en el período de 1973 a 1976, así:

Período                                                      Número de Horas        Nº de Alumnos atendidos
1973-1976                                                 1849                             303
1977 – Julio de 1978                                 797                               662

 La disminución en el número total de horas durante el último período fue una política adoptada por el Centro de Postgrado, a fin de beneficiar a mayor número de profesionales con cursos de reciclaje de corta duración (entre 30 y 60 horas), que evitan la deserción por acomodarse mejor a las disponibilidades de tiempo de los asistentes, cuya participación en cursos de mediana y larga duración (100 a 600 horas) se dificulta. Asimismo, el diseño de cursos de corta duración permite acomodarse mejor a una necesidad sentida y aprovechar la presencia generalmente corta de especialistas de alto nivel provenientes de otras regiones del País y del exterior.

A fin de dar una dimensión regional a su programación, el Centro de Postgrado ha adoptado como criterio para sus actividades académicas durante el período comprendido entre Febrero de 1977 y Julio de 1978, el responder a estos dos puntos: en primer lugar, que la actividad a realizar sea una respuesta a una necesidad sentida en el medio, tanto en el campo empresarial, como en el relativo a la administración pública, la educación, la cultura, la investigación en ciencias básicas, etc. En segundo lugar, que la actividad proyectada se realice, en la medida de lo posible, en colaboración con las entidades que a nivel de la región trabajen en actividades de reciclaje profesional ya sean Universidades, o bien Centros de Investigación, Asociaciones Profesionales, etc., del País y del exterior.

Esta estructura abierta de la programación ha llevado al Centro de Postgrado a realizar, durante el último período, programas conjuntos con entidades tan variadas como las Universidades de Los Andes de Bogotá y Pontificia Bolivariana de Medellín, la Sociedad Antioqueña de Ingenieros y Arquitectos (SAI), el Centro de Técnicas de la Comunicación Pedagógica y Sociocultural (CETCOPES) de Medellín, el Instituto de Integración Cultural (Medellín), la Comisión Fullbright (Bogotá), el Centro Interamericano de Desarrollo Integral de Aguas y Tierras (CIDIAT) con sede en Mérida (Venezuela), la Oficina de la Secretaría General de la Organización de los Estados Americanos (OEA) en Bogotá, la firma Asesores Industriales Ltda. (ASERIN) (Medellín), EL Centro Interamericano de Fotointerpretación (Bogotá), la Asociación Colombiana de Facultades de Ingeniería (ACOFI) con sede en Bogotá, el Instituto de Postgrado en Electrónica y Comunicaciones (Popayán), el Instituto de Desarrollo Urbano de Bogotá (IDU), el Centro Colombo-Americano (Medellín), el Instituto Colombiano para el Fomento de la Educación Superior (ICFES) del Ministerio de Educación, en Bogotá, el Fondo Colombiano de Investigaciones Científicas y Proyectos Especiales (COLCIENCIAS), de Bogotá, etc.

Buena parte de las actividades de reciclaje profesional, en especial las ofrecidas a las Universidades, reciben apoyo financiero de algunas entidades colombianas o extranjeras, lo cual permite un costo realmente bajo de la matrícula. Las entidade3s que más han colaborado con apoyo financiero han sido, durante los años de 1977 y 1978, la Comisión Fullbright, COLCIENCIAS y la Organización de los Estados Americanos (OEA). De los 31 cursos realizados durante el período que acaba de ser mencionado, 18 han recibido este tipo de apoyo.

La promoción de los cursos de reciclaje se hace preferentemente a escala regional, aunque hay algunos que se ofrecen a nivel nacional. En cursos especializados para docentes universitarios, el Centro invita gratuitamente a profesores de todas las Universidades de la región, asignando cupos determinados a cada Universidad, a fin de que éstas seleccionen a los beneficiarios.

Lógicamente la estructura administrativa del Centro de Postgrado es lo suficientemente ágil como para permitir una gran versatilidad que responda a la posibilidad de aprehender las necesidades regionales y a la búsqueda de fuentes de financiamiento y de cooperación con otras entidades.

Dado que el problema fundamental de la Universidad colombiana, en lo que respecta a las actividades de reciclaje profesional, es la ineficiencia del sistema causada por la agitación política y la burocratización, el Centro de Postgrado se ha estructurado con un máximo de independencia burocrática en relación con la Universidad de Medellín, conservando, claro, una apertura constante a la planeación académica. Al mismo tiempo, se ha procurado que la estructura del Centro tenga un mínimo de burocracia.

El Centro de Postgrado tiene un director, bajo cuya responsabilidad se desarrollan todas las actividades de reciclaje profesional. El director se asesora, generalmente, de coordinadores ad hoc para los diferentes programas. Estos coordinadores son, por lo general, personas especializadas en su campo, con título de postgrado. Como la mayor parte de los cursos de reciclaje no exceden las 60 horas, el coordinador es, casi siempre, el principal profesor del curso. En programas de mayor duración, o que por su temática exijan una coordinación independiente a causa de la multiplicidad de los aspectos que se tratan, el coordinador desempeña sus funciones sin adjuntarlas a la labor docente. De los 31 cursos ofrecidos durante el período comprendido entre Febrero de 1977 y Julio de 1978, 14 fueron coordinados por especialistas con título de PH.D. y 10 por especialistas con título de Magister. Además, en los cursos orientados al reciclaje profesional de ejecutivos de las empresas se procura que el coordinador, además de ser un especialista en su campo, tenga experiencia en el trabajo empresarial.

La función básica de los coordinadores consiste en detectar las necesidades de reciclaje profesional en su campo y elaborar el programa para la actividad de actualización. En el caso de coordinadores que vienen de otras regiones o del exterior, el director integra comisiones ad-hoc de profesionales pertenecientes a Asociaciones Profesionales o a entidades que participan en la programación, a fin de asesorar al coordinador en el conocimiento de las necesidades regionales de un determinado campo. Uno de los casos más frecuentes es el ocurrido con especialistas extranjeros venidos a la Universidad bajo los auspicios de la Comisión Fullbright. El director del Centro ha vinculado generalmente a la programación  a las asociaciones profesionales interesadas, sirviendo él de canal de comunicación entre los profesionales locales, el director ejecutivo de la Comisión Fullbright en Colombia y el profesor extranjero.

A fin de garantizar un máximo de agilidad y de eficiencia, cada actividad de reciclaje se administra como un proyecto independiente. Para las actividades que no tienen apoyo financiero extrauniversitario, se fija un costo de matrícula de acuerdo con el coordinador, cuya remuneración se hace por porcentaje sobre el total de matrículas. Esto es importante, sobre todo en los cursos destinados al reciclaje de ejecutivos de las empresas, porque obliga al coordinador a un esfuerzo de responder a las expectativas locales. En cursos programados conjuntamente por el Centro y otras entidades, se comparten por mitades las ganancias y los costos. De los 31 cursos ofrecidos en el período comprendido entre Febrero de 1977 y Julio de 1978, 23 se llevaron a cabo mediante la cooperación de otras entidades con el Centro de Postgrado.

Para lograr esta agilidad administrativa, el director del Centro goza de bastante autonomía. El director está situado a nivel de los decanos de las Facultades y forma parte del Consejo Directivo de la Universidad. Las relaciones del director del Centro con el rector y con el Consejo Directivo se inscriben en la línea de dar cumplimiento a la política académica global de la Universidad. Pero en la programación de las actividades de reciclaje profesional hay bastante autonomía. La contratación de coordinadores y de personal docente es gestionada directamente ante el rector por el director del Centro, previo concepto de la comisión ad-hoc correspondiente. La duración de los contratos se extiende únicamente al desarrollo de cada programa.

Por último, vale la pena destacar que el Centro de Postgrado se encarga de programar los cursos y seminarios de reciclaje profesional que las diferentes Facultades de la Universidad de Medellín ofrecen a sus ex alumnos. En estos casos, el decano de la Facultad correspondiente y algunos profesores de la misma, integran la comisión ad-hoc que asesora al director del Centro en la realización de la actividad de reciclaje.

2.3    – Cooperación y asesoría técnica con el sector productivo y el sector gobierno.

En relación con este ítem, se pueden destacar  tres realizaciones de la Universidad de Medellín, a saber:

A – El proyecto Empresa – Universidad que se adelanta conjuntamente por parte del Centro de Postgrado y la Facultad de Ciencias Administrativas. En la primera parte del proyecto, se montó un programa de asesoría y actualización profesional dirigido a personal administrativo de la empresa estatal de telecomunicaciones TELECOM. El programa se desarrolla a tres niveles (supervisores, jefes de sección, directivas), y ya se ha adelantado en la primera etapa. La experiencia con este tipo de trabajo es de un gran rendimiento, por dirigirse a grupos con una problemática bastante homogénea. En la programación de esta actividad se recorren los siguientes pasos: identificación de una necesidad en la Empresa; diseño del programa de actualización profesional teniendo en cuenta la necesidad sentida; seguimiento a los profesores beneficiados con el programa de actualización: la asesoría se realiza en esta etapa; evaluación de los resultados de las actividades de actualización y asesoría; reinterpretación de la necesidad anteriormente detectada en la Empresa; elaboración del programa para un nivel superior.

B – La labor cumplida por el Instituto de Derecho Penal y Criminología. Este Instituto, cuyas funciones fueron suspendidas parcialmente en 1977, a fin de someterlo a una reestructuración acorde con las nuevas normas del Ministerio de Justicia en materia de enseñanza del Derecho, ofreció hasta 1976 programas de especialización profesional y asesoría a jueces y empleados judiciales. El curso de actualización en Derecho Penal y Criminología tenía una duración de dos años. Las asesorías eran hechas por el Instituto que cuenta con un completo laboratorio de criminología y cubrían los campos de falsedad documental y análisis de estupefacientes.

C – Los servicios prestados por los laboratorios de la Facultad de Ingeniería Civil a las Empresas y al Gobierno. La Facultad cuenta con tres completos laboratorios de resistencia de materiales, suelos e hidráulica. Ha venido prestando servicios de asesoría a firmas constructoras y a la Secretaría Departamental de Obras Públicas desde hace dos años, a través de los laboratorios de suelos y resistencia de materiales. En 1978 comenzó a funcionar el laboratorio de hidráulica. En 1979 se iniciará el montaje de un moderno laboratorio de Ingeniería Hidráulica, a fin de colaborar en la investigación en el campo ecológico. Los problemas de contaminación a todos los niveles son fuertemente sentidos en la Región del Valle de Aburrá y ya hay algunas Universidades que se ocupan de su estudio. (La contaminación de aguas, por ejemplo, es estudiada por el departamento de biología de la Universidad de Antioquia. La contaminación aérea es estudiada por la Universidad Pontificia Bolivariana; la ecoadministración, por su vez, es objeto de estudio por parte de la Universidad EAFIT).

2.4    – Centros especializados de la Universidad de Medellín y sus políticas de desarrollo.

Por el momento, solamente existe un Centro especializado en la Universidad: el CEUR (Centro de Estudios Urbano-Regionales) que fue creado en mayo de 1976, integrado al Centro de Estudios de Postgrado. El CEUR  ha programado las actividades en los campos de Ingeniería y Desarrollo Urbano y Regional, a través del Centro de Postgrado. Asimismo, el CEUR ha colaborado con el Centro Interuniversitario de Desarrollo Andino (CINDA) en la edición de los trabajos presentados en la Primera y Segunda Reuniones Andinas de Transporte. Actualmente el CEUR realiza los contactos necesarios para la programación en Medellín, en abril de 1979, de la Tercera Reunión Andina de Transporte.

La actual estructura del CEUR es muy sencilla: tiene un coordinador general, que es profesor de la Facultad de Ingeniería Civil y que recibe su remuneración porcentual, en relación con los ingresos por matrícula en las actividades de actualización promovidas. El Centro de Postgrado ha proyectado incrementar en los próximos años las funciones del CEUR, de tal forma que se inicie un programa de postgrado a nivel de magister en el campo de la Administración del Desarrollo. Ya se han hecho los primeros contactos con algunas entidades que se han  mostrado interesadas. [17]

El mencionado proyecto incluye dos áreas fundamentales: Planeación Regional Integrada y Ciencia Política aplicada al estudio del caso colombiano. Se ha pensado en algunas áreas de apoyo, como ingeniería de tránsito y transportes, finanzas públicas, desarrollo económico, historia política y económica de Colombia, etc. El objetivo básico del programa sería dar instrumentos de análisis a los planificadores y a profesionales vinculados a la empresa, al sector público y a la universidad, a fin de capacitarlos para entender dentro de un contexto interdisciplinario el proceso de la planeación en Colombia, con especial atención hacia la variable política. La consideración de ésta pretende dotar al profesional que se beneficie con la especialización, de elementos conceptuales e instrumentos de análisis del comportamiento y de la estructura políticos en Colombia, a fin de lograr dos actitudes: seguridad en la toma de decisiones frente a la capacidad de manipulación de los políticos profesionales; interés hacia la planeación entendida en términos regionales e interdisciplinarios, a fin de promover el desarrollo regional integrado de las provincias noroccidentales de Colombia (que comprenden los Departamentos de Antioquia, Chocó, Córdoba, Risaralda, Quindío y Caldas). Al considerar que los programas de planeación actualmente vigentes en el País no forman el número de especialistas que necesitan estas regiones, salta a la vista la importancia que reviste este programa, que se constituiría así en una respuesta al problema señalado. [18]

3          – ORGANIZACIÓN UNIVERSITARIA Y DESARROLLO REGIONAL.

3.1    – Perspectivas de crecimiento sistemático de las actividades de Cooperación Técnica.

A nivel de la región del Valle de Aburrá, las perspectivas de crecimiento de las actividades de Cooperación Técnica son realmente positivas. Tanto por parte del sector público, como por parte de los sectores profesionales (Asociaciones), empresarial y universitario, hay creciente interés por la cooperación técnica. Sin embargo, no hay indicios de un crecimiento sistemático, dada en primer lugar la ausencia de un organismo de planeación regional y, en segundo término, a causa de la no integración del sistema universitario en la región del Valle de Aburrá, conforme lo anotamos anteriormente. Con todo, a pesar de la no integración anotada, puede establecerse un balance potencial de signo positivo para la perspectiva de crecimiento de las actividades de Cooperación Técnica. Efectivamente, a la luz de la experiencia tenida en el Centro de Postgrado de la Universidad de Medellín, se puede concluir que hay recursos aún no suficientemente explotados, que pueden contribuir al mencionado crecimiento. Sin pretender ser exhaustivos, podemos mencionar algunos de los recursos existentes, indicando la entidad o entidades a partir de las cuales se podrían dinamizar:

A – Asociación Nacional de Industriales (ANDI): las posibilidades de generar acciones sistemáticas de cooperación técnica por parte de la Asociación realmente son muy grandes. La ANDI goza de buena acogida por parte del sector universitario. Tal vez sus directivos no hayan evaluado con suficiente objetividad las posibilidades de integración con la Universidad. No cabe duda de que la problemática política del segmento universitario, de las entidades públicas especialmente, ha llevado a la ANDI a mirarla a aquélla con recelo. Pero aún en las Universidades más problematizadas hay sectores vivamente interesados en colaborar con el sector productivo. Y la ANDI  no ha emprendido una acción de explicitación de necesidades de la Empresa y de vinculación sistemática de la Universidad a esta problemática. La Universidad concentra especialistas que la empresa necesita y ésta posee recursos que aquélla requiere. [19] Quizás la creación a nivel de la ANDI de una sección encargada de canalizar el diálogo y las labores conjuntas con las Universidades, sería un buen mecanismo de integración.

B – Federación Nacional de Comerciantes (FENALCO): similar situación a la ya anotada tiene la Federación en relación con las Universidades locales. Similares posibilidades tendría esta entidad, en el sentido de iniciar acciones sistemáticas de cooperación técnica con el sector universitario.

C – Asociación Colombiana de Pequeños Industriales (ACOPI): este sector acusa un déficit muy grande en relación con la programación de cursos de reciclaje profesional, que son ofrecidos por los centros universitarios, por lo general teniendo en cuenta las necesidades de la gran empresa. Con todo, las posibilidades de generar acciones sistemáticas de parte de ACOPI serían similares a las que señalamos para la ANDI. Vale la pena destacar que ACOPI ha iniciado contactos, muy tímidos por cierto, con algunas Universidades, a fin de señalar campos de trabajo conjuntos que la beneficien. Asimismo, es importante destacar el proyecto conjunto ACOPI-COLCIENCIAS, que se inició el año pasado, a escala nacional, y del cual se esperan promisorios efectos.

D – Instituto Colombiano para el Fomento de la Educación Superior (ICFES) y Fondo Colombiano de Investigaciones Científicas y Proyectos Especiales “Francisco José de Caldas” (COLCIENCIAS): ambas entidades oficiales, vinculadas al Ministerio de Educación Nacional, tienen proyectos y fondos encaminados a dinamizar las actividades de cooperación técnica. La limitante mayor para la acción de ambas entidades, en la región de Medellín, consiste en el excesivo centralismo que las caracteriza. La mayor parte de los recursos que ofrecen es absorbida por entidades que funcionan en Bogotá. Quizás un esfuerzo de descentralización, como el que han hecho otras entidades oficiales (por ejemplo el Instituto Colombiano de Cultura – COLCULTURA y el Instituto Colombiano de Crédito Educativo y Estudios Técnicos en el Exterior – ICETEX), sería una buena medida para favorecer a nuestra Región con los proyectos y fondos que manejan las dos entidades. Similar sugerencia podríamos hacer con relación a otros Institutos descentralizados del gobierno colombiano.

E – Asociaciones profesionales: La experiencia de cooperación técnica que el Centro de Postgrado de la Universidad de Medellín ha tenido en los dos últimos años con la Sociedad Antioqueña de Ingenieros y Arquitectos (SAI), muestra hasta qué punto pueden ser productivas las iniciativas surgidas de las Asociaciones Profesionales, que por conocer de cerca las necesidades de actualización profesional de determinado sector, así como los recursos humanos en él existentes, suministran elementos de incalculable valor para una cooperación sistemática con la Universidad.

F – Entidades internacionales orientadas hacia la actualización profesional: nuestra región, generalmente, deja sin utilizar estos recursos, que pueden ser canalizados fácilmente por las Universidades o las Asociaciones Profesionales. Tal es el caso, por ejemplo, de la Comisión Fullbright y del Consejo Británico, que financian la venida y la permanencia en el País de expertos provenientes de las Universidades estadounidenses y británicas. Ya hemos destacado la forma en que la Comisión Fullbright ha colaborado con el Centro de Postgrado de la Universidad de Medellín en la programación de actividades de actualización profesional, en el período comprendido entre febrero de 1977 y julio de 1978.

G – Entidades intergremiales: su papel en la promoción de las actividades de Cooperación Técnica es similar al de las Asociaciones Profesionales. Cabe destacar en este ítem especialmente las funciones que puede llevar a cabo el Comité de Desarrollo de Personal de Antioquia, al cual hacíamos alusión en la primera parte de este trabajo y que reúne a los jefes de capacitación de importantes empresas del Valle de Aburrá. Una sugerencia para el cabal funcionamiento de este Comité sería el que las Empresas dieran más importancia al cargo de Jefe de Capacitación.

H – Entidades cooperativas: la función que pueden desempeñar en la promoción de actividades de Cooperación Técnica es importantísima, dada la enorme variedad de entidades y de gremios vinculados al sector productivo en nuestro medio. Hay bastantes recursos financieros que se ofrecen a través de FINANCIACOP y que permanecen sin utilizar, a causa de la falta de asesoría que sufren las cooperativas para la elaboración de proyectos de inversión. Podría surgir en este campo una gran variedad de programas de asesoría por parte de la Universidad. [20]

3.2    – La actitud de las Universidades de la región del Valle de Aburrá ante las perspectivas de crecimiento sistemático de las actividades de Cooperación Técnica.

Como lo anotábamos al comienzo de esta parte, hay real interés de las Universidades locales por el incremento de la Cooperación Técnica. Un indicador de este interés es la respuesta positiva de ellas cuando se programan actividades en este campo. Con todo, se trata de una respuesta no sistemática, que generalmente se circunscribe a algunos grupos de profesores y estudiantes. Rara vez hay un compromiso formal de la Universidad como institución. Tal vez en este caso la excepción la constituyan en las Universidades de Medellín y EAFIT, que cuentan con programas sistemáticos en el campo de las actividades de Cooperación Técnica. Como tendremos oportunidad de sugerirlo más adelante, esta actitud positiva de algunos sectores de las Universidades locales, podrá convertirse en un compromiso institucional en el caso de que se realicen algunas condiciones académicas y administrativas.

3.3    – Compatibilización de las Actividades Académicas con las de desarrollo y Cooperación Técnica.

Trataremos dos aspectos en relación con este ítem:

A – En primer lugar, cabe anotar una situación de hecho algunas unidades académicas de las Universidades de la región del Valle de Aburrá, por la estructura misma de sus currículos, han tenido que ir buscando una compatibilización de las actividades académicas con las de desarrollo y cooperación técnica. Tal es el caso, por ejemplo, de algunas Facultades de Ingeniería – las de Ingeniería Civil, principalmente - , de las Facultades de Trabajo Social, Ciencias de la Educación y algunas de las Facultades de Administración de Empresas. Se puede hablar, a este nivel, de una experiencia acumulada de varios años en el esfuerzo por compatibilizar las actividades académicas con las de desarrollo y cooperación técnica.

Pero se trata de una experiencia bastante aislada de unas unidades académicas con relación a otras, aún en el seno de la misma Universidad. La experiencia más institucionalizada ha sido, sin lugar a dudas, el proyecto Estudio-Trabajo (PET) de la Universidad EAFIT. Una sugerencia recomendable en este campo sería la realización frecuente de seminarios entre las unidades académicas que en determinada área tengan currículos que vinculen lo académico con las actividades de desarrollo y cooperación técnica. Un proyecto en este sentido fue desarrollado por el Centro de Postgrado de la Universidad de Medellín durante el año de 1978. Efectivamente, se realizó un seminario sobre investigación tecnológica para los profesores de las Facultades de Ingeniería de la región. [21]

B – En segundo término trataremos acerca de algunas condiciones que se deberían dar en la estructura de las Universidades de la región, a fin de crear bases estructurales que faciliten la realización de una mayor compatibilización de las actividades académicas con las de desarrollo y cooperación técnica.

Contando con la tranquilidad política deseable al interior de la Universidad  para el cabal desarrollo de las actividades académicas, podemos destacar algunas condiciones que se deberían dar en nuestras Universidades:

-          Clara definición de una política académica que valorice la relación entre teoría y práctica en la formación profesional. Esto exige que, a nivel de los organismos máximos de gobierno de las Universidades, que son los que fijan las políticas académicas, tomen asiento personas conocedoras de las diferentes disciplinas que cultiva la Universidad. Parece ser ésta una observación demasiado obvia, pero la mayor parte de las dificultades que enfrentan nuestras Universidades para  fijar claras y adecuadas políticas académicas, proviene de la no idoneidad de quienes forman parte de los Consejos Superiores, los Consejos Directivos, etc. [22]
-          Clara estructura de gobierno, que tenga el poder suficiente para poner en marcha, sin interferencias no académicas, las políticas trazadas y para que ponga los recursos financieros al servicio de éstas. [23]
-          Creación de una entidad regional interuniversitaria, que canalice proyectos conjuntos y sirva de punto de encuentro para intercambiar experiencias. En este sentido, la malograda Corporación Interuniversitaria de Antioquia, que mencionamos al comienzo de este trabajo, debería revitalizarse.
-          Definición, por parte de esta Corporación, de las políticas conjuntas que las Universidades locales deberían seguir en relación con el Sector Productivo y el Sector Gobierno, de acuerdo con las políticas de desarrollo académico de las Universidades locales.
-          Presión sobre el Gobierno Nacional, Departamental y Municipal, a fin de que se fijen serias y permanentes políticas de desarrollo regional, que sirvan de punto de referencia a las Universidades de la región para detectar las necesidades prioritarias del Valle de Aburrá y ajustar sus planes y programas académicos, con la finalidad de responder a ellas. Esta presión debería ser hecha también por otros sectores como el empresarial, el sindical, etc. [24]


CONCLUSIÓN

Después de Keynes no podemos ignorar el anacronismo del laissezseferismo y del Estado gendarme. En el mundo actual los gobiernos deben planear. [25] En Colombia, la Planeación Nacional y, a fortiori, la Planeación Regional han sufrido un retraso de décadas, que compromete seriamente nuestro desarrollo económico y social, con los graves problemas que esta incuria reserva pare el futuro próximo.

La Universidad, como parte del todo social, sufre con esta falta de planeación. Buena parte de su desorientación y de su crisis responden a que no tiene un horizonte de prioridades a las que debe responder. Y es principio elemental de toda planeación académica el tener que ajustarse a un contexto dado. Pero si en las sociedades contemporáneas este contexto no es fijado por el Estado,  mediante los planes de desarrollo que interpreten las necesidades nacionales y fijen políticas que respondan a ellas, la Universidad no podrá responder válidamente a los requerimientos del medio.

Claro está que la función de la Universidad, como lo ha señalado Georges Güsdorf (1912-2000), [26] no se agota en el aspecto de la formación profesional. La institución universitaria, como “Universitas Scientiarum”, implica una dimensión de universalidad y de profundidad del saber, que van más allá de la preparación de los cuadros profesionales que requiere el País para la realización de sus planes de desarrollo. Pero es bien cierto que si el Estado no planea, no será capaz de comunicarle a la Universidad las más apremiantes necesidades de la sociedad y, lo que es peor,  no le asignará los recursos necesarios para el cumplimiento de su altísima labor.

De todas formas, les queda a nuestras Universidades una tarea inmediata: ser voceras, junto con las demás fuerzas vivas de Medellín y del Valle de Aburrá, de los problemas que afectan al desarrollo de la región; sugerir ante el gobierno la necesidad de la definición de planes de desarrollo regional que tengan seriedad y continuidad; mancomunar esfuerzos con el sector productivo y el sector gobierno, en la realización de proyectos de cooperación técnica y, por último, integrarse ellas mismas a fin de buscar derroteros comunes.

El Seminario realizado por CINDA fue, sin lugar a dudas, fuente de orientación valiosísima para las Universidades del Valle de Aburrá, en su esfuerzo por vincularse activamente al desarrollo de Medellín y su región metropolitana.









BIBLIOGRAFIA

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[1] Cf. VÉLEZ RODRÍGUEZ, Ricardo. Castilhismo, uma filosofía da República. 3ª edición. Brasilia: Senado Federal, 2010.
[2] ALVAREZ Atehortúa, Orión. El futuro de Antioquia. Medellín: Universidad de Medellín – Pro Antioquia - Ediciones Universidad y Pueblo, 1978, pgs. 14 sig. En relación con la insuficiente estructuración de planes de desarrollo regional en Colombia, cf.  ZORRO Sánchez, Carlos. “Estrategias de desarrollo urbano en Colombia”, in: Administración y Desarrollo, Bogotá,  (16): 10-26, 1975. DEPARTAMENTO DE ANTIOQUIA, Departamento Administrativo de Planeación y Servicios Técnicos. Análisis crítico de algunas directrices de la política urbana del país: asentamientos humanos en áreas urbanas. (Documento de trabajo presentado en la Reunión de Alcaldes en la ciudad de Medellín). Medellín: Gobernación de Antioquia, 1976. Universidad de Antioquia, Centro de Investigaciones Económicas. La estructura económica del Departamento de Antioquia. Medellín: Universidad de Antioquia,  1973. OSPINA, Carlos. “Debate sobre electrificación: se necesitan planes a largo plazo”. In: Nueva Frontera, Bogotá, (149), Septiembre 21-27 de 1977, pg. 20. DEPARTAMENTO DE ANTIOQUIA, Departamento Administrativo de Planeación. “La descentralización administrativa como motor de desarrollo regional”. In: Planeación Nacional, Medellín,  (4) Enero Marzo de 1975, pgs. 77-103. APRILE  Gniset,  Jacques. Primer diagnóstico global de la problemática del Plan Metropolitano. Medellín: Departamento Administrativo de Planeación, 1975. ASOCIACIÓN NACIONAL DE INDUSTRIALES. “Análisis del plan de desarrollo Para cerrar la brecha”. In: Revista ANDI, Medellín (29), mayo de 1976, pg. 3-40. BYE, Pascal. “Crecimiento urbano – Decrecimiento regional y polos de desarrollo: el ejemplo colombiano”. In: Administración y Desarrollo, Bogotá (15) 1975, pgs. 61-94. COLOMBIA, Gobierno. Departamento Nacional de Planeación / FONADE. Seminario nacional sobre áreas metropolitanas. Bogotá, 1975.
[3] CEPEDA, Ulloa, Fernando. “La influencia de las Agencias Internacionales em el proceso de desarrollo de Colombia 1950-1974”. In: Revista de la Universidad de Medellín, Medellín (21) enero / marzo de 1976, p. 162-163.
[4] ALVAREZ Atehortúa, Orión. El futuro de Antioquia. Ob. cit., pág. 15.
[5] ALVAREZ Atehortúa, Orión. El futuro de Antioquia. Ob. cit., ibíd.
[6] En la Corporación Interuniversitaria de Antioquia tenían representación, a través de sus Rectores, las Universidades que funcionan en el Valle de Aburrá. Su funcionamiento empezó a comienzos de 1975 y llegó a tener una librería interuniversitaria, en donde se vendían a muy bajo precio las obras editadas por las Universidades de la Región. A comienzos de 1976 la Corporación se tornó inoperante, a causa de la falta de financiamiento.
[7] Prueba de la falta de conocimiento por parte de las Universidades locales con relación a la política educativa del ICFES es la no utilización, por falta de información, de los recursos financieros existentes para la programación de cursos de perfeccionamiento docente destinados a profesores universitarios. Dichos recursos son utilizados por muy pocas Universidades, a pesar del deseo de servicio a las regiones diferentes de Bogotá, que anima a muchos funcionarios de la Institución.
[8] Cf. GALÁN, Sarmiento, Luis Carlos. “El problema de escoger profesión”. In: Nueva Frontera, Bogotá, (151), Octubre 5-11 de 1977, pg. 10. Del mismo autor: “¿Profesión?... Medicina”. In: Nueva Frontera, Bogotá, (152), Octubre 12-18 de 1977, pg. 14. Del mismo autor: “Bachiller, escoja su profesión”. In: Nueva Frontera, Bogotá, (153), Octubre 19 a 25 de  1977, pg. 14. Del mismo autor: “La emergencia universitaria”. In: Nueva Frontera, Bogotá (154),  Octubre 36 a Noviembre 1º de 1977, pg. 5. Del mismo autor: “Bachiller, escoja su profesión: Ingeniería”. In: Nueva Frontera, Bogotá, (157), Noviembre 16 a 22 de 1977, pg. 14. CARRANZA, María Mercedes. “La cultura fuera de Bogotá”. In: Nueva Frontera, Bogotá, (153) Octubre 19-25 de 1977, pg. 30.
[9] Este fenómeno se revela, por ejemplo, em el tipo de cursos de actualización profesional solicitados por los ingenieros a la Sociedad Antioqueña de Ingenieros y Arquitectos (SAI) a lo largo de los años 1976 y 1977: muchos pidieron cursos en áreas administrativas, a fin de formarse en un campo en el que estaban improvisando. En otro terreno observamos similar fenómeno: profesionales en Administración de Negocios recién egresados de la Facultad de Ciencias Administrativas de la Universidad de Medellín se desempeñan como vendedores de pólizas de seguros, o simplemente permanecen desempleados por períodos de 6 meses a un año.
[10] La Revista de la ANDI, publicación bimensual de la Asociación Nacional de Industriales ha manifestado esta situación en numerosos editoriales del presidente de la entidad, durante los años de 1976 y 1977 principalmente. Cf. LARA, Patricia. “La economía colombiana ante los ojos del mundo”. In: Nueva Frontera, Bogotá (145), Agosto 24 a 30 de 1977, pg. 29. JARAMILLO, Oscar. “La ganadería en crisis: una industria sin políticas”. In: Nueva Frontera, Bogotá, (147),  Septiembre 7-13 de 1977, pg. 10. POVEDA, Ramos, Gabriel.  Políticas económicas, desarrollo industrial y tecnología en Colombia. Bogotá: COLCIENCIAS, 1976. NUEVA FRONTERA DOCUMENTOS. “Panorama agrícola y ganadero de Colombia”. In: Nueva Frontera, Bogotá, (Nº 17), Julio de 1977. NUEVA FRONTERA DOCUMENTOS. “El mercado bursátil en Colombia”. In: Nueva Frontera, Bogotá, (N} 26), Mayo de 1978.
[11] Los más destacados son el Tecnológico Pascual Bravo, el Instituto Politécnico Colombiano “Jaime Isaza Cadavid”, el Centro de Administración y Planeamiento Administrativo (CEIPA),  La  Escuela Superior de Mercadotecnia (ESUMER). Las instituciones de educación tecnológica cuentan con una asociación a escala nacional, ACIET, con sede en Medellín.
[12] Merece mención el esfuerzo hecho por el Comité de Desarrollo de Personal de Antioquia, que reúne a los jefes de capacitación de importantes empresas del Valle de Aburrá y a los directores de los programas de extensión y de reciclaje profesional de algunas Universidades e Institutos de formación tecnológica. Aunque en el Comité se intercambian quincenalmente experiencias de formación y de reciclaje profesional, la asistencia de los miembros no es permanente e influye poco en las políticas de formación profesional de Empresas y Universidades. La razón de esto tal vez estribe en que la mayor parte de los asistentes al Comité no son los responsables por dichas políticas, tratándose simplemente de funcionarios intermedios de las diferentes organizaciones.
[13] Cf. al respecto: ALBORNOZ, Orlando. Ideología y política en la Universidad Latinoamericana. Caracas: Instituto Societas, 1972. ALVAREZ Atehortúa, Orión. Administración universitaria. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas / Escola Interamericana de Administração Pública (EIAP), 1976. BOURRICAUD, François. Universités à la derive. Paris: Stock, 1971. DRIVER,                Cristopher. La Universidad em crisis. México: Novaro, 1971.
[14] Nos basaremos para esta exposición em el siguiente documento: FORERO  Echavarría, Alvaro / VÉLEZ Rodríguez, Ricardo. Experiencias de formación en management en el Centro Luis López de Mesa. (Ponencia presentada en el Primer Encuentro Latinoamericano de dirigentes de Centros de Formación en Administración de América Latina y de ex participantes del Fondo Bekaert). Quito, Agosto 30 a Septiembre 3 de 1976.
[15] Este Comité estaba en la época adscrito al Instituto Colombiano para el Fomento de la Educación Superior (ICFES), que es el organismo del gobierno colombiano encargado de trazar políticas y supervigilar el desarrollo de la educación superior en Colombia. La “Exposición” a que nos referimos aquí data de Maro de 1973.
[16] De acuerdo con las orientaciones de técnicos como el experto francés Pascal Bye, que en 1975 visitó la Universidad de Medellín.
[17] Los contactos se han desarrollado con el Consejo Latinoamericano de Escuelas de Administración (CLADEA), con el Centro Internacional de Investigaciones para el Desarrollo (CIID) del gobierno canadiense y con los funcionarios del gobierno holandés que coordinan el proyecto de Planeación del Desarrollo Regional Integrado en la Universidad de Los Andes. El proyecto también fue puesto en conocimiento de CINDA.
[18] La tendencia que se observa en algunos de los egresados de estos programas, es la de reforzar el centralismo burocrático colombiano. Esto incide lógicamente en el fenómeno que señalábamos al comienzo de este trabajo: no existencia de planes de desarrollo regional. Sobra advertir que a nivel de las regiones del noroccidente colombiano no hay programas de formación de especialistas en planeación regional. La Universidad Nacional, sede de Medellín, tiene un postgrado en Planeación Física Urbana, que por su orientación se queda en el ámbito intraurbano, sin tocar la dimensión del desarrollo regional.
[19] En 1975 tuvimos oportunidad de hacer este planteamiento, en compañía del Decano de la Facultad de Economía Industrial de la Universidad de Medellín, al Presidente de la ANDI, Dr. Fabio Echeverri Correa, quien destacaba la falta de acciones coordinadas de las Universidades de la región de Medellín hacia el sector productivo. Aunque el Presidente de la ANDI prometió iniciar una acción en el sentido de integrar las Universidades locales con los proyectos de la Asociación, tal acción nunca se inició. Es indudable el importantísimo papel que puede desempeñar la empresa privada en relación con la promoción de actividades de cooperación técnica, con miras a incrementar el desarrollo regional. No faltan a este respecto iniciativas importantes de empresas de nuestra región: tal es el caso de las investigaciones en genética aplicada al aumento de la productividad ganadera, llevadas a cabo por la empresa Unión de Bananeros de Colombia en Urabá, así como el proyecto de Universidad Rural que abriga la mayor empresa textilera colombiana COLTEJER, en la misma región.  
[20] El Centro de Postgrado de la Universidad de Medellín ha venido asesorando, desde 1977, a la Cooperativa Lechera de Antioquia (COLANTA) en la elaboración de un proyecto de creación de un Instituto Tecnológico Rural, en la zona norte del Departamento de Antioquia.
[21] El seminario, cuya duración fue de 20 horas, tuvo como finalidad discutir las posibilidades de investigación tecnológica en las Universidades de la región. Al evento, que fue patrocinado por COLCIENCIAS y la Asociación Colombiana de Facultades de Ingeniería (ACOFI), asistieron 15 profesores universitarios. El Centro de Postgrado de la Universidad de Medellín proyecta realizar en colaboración con la Universidad EAFIT y con el patrocinio del ICFES y COLCIENCIAS, un seminario sobre los planes de estudio-trabajo vigentes en las Facultades de Administración de Medellín.
[22] Señalábamos atrás cómo en el caso de la Universidad de Medellín, la representación político-agitadora de profesores y estudiantes había obstaculizado sistemáticamente la marcha académica de la Universidad.
[23] En este punto, debería haber reformas de fondo en la estructura de poder de las Universidades de la región. La más importante de ellas es, a nuestro modo de ver, la de devolver al Rector, como cabeza académica de la Universidad, el papel que le corresponde en la ejecución de la política académica adoptada  por los máximos organismos del gobierno universitario. Se debería acabar, de una vez por todas, con el carácter político-agitador de la representación profesoral y estudiantil.
[24] Esta propuesta supone, claro está, más que simple agitación extremo-izquierdista o puro revanchismo salarial, una mentalidad constructiva de desarrollo económico y social.
[25] Nuestro punto de vista acerca de las políticas keynesianas quedó consignado en el libro, de nuestra autoría: Keynes, doutrina e crítica. (São Paulo: Massao Ohno, 1999).
[26] Georges Güsdorf, filósofo y docente de la Universidad de Estrasburgo. Este pensador dedicó buena parte de sus escritos a la discusión acerca de la función que deben desempeñar las Universidades en el mundo contemporáneo, en lo que toca a la renovación del conocimiento y de las tecnologías, así como a la formación humanística. Insistió en la cuestión de la interdisciplinariedad como condición para romper la barrera de separación entre humanidades y enseñanza tecnológica. Cf. De Güsdorf, “Crise de Universidades e crise de valores”, in: Convivium, São Paulo (3), Mayo / Junio de 1975, pg. 195-220.