Dilma acompanhada do Lula, no Palácio da Alvorada em Brasília. (Foto do blog de Paulo Briguet). |
Dilma foi deposta pelo conjunto da obra. Merecida defenestração legal. A ré deu provas sobejas de que não sabe governar, de que não cuida do dinheiro público, de que a República pouco lhe interessa, de que a legislação é, para ela, um detalhe a ser esquecido quando melhor lhe convier.
Junto com ela vai se consolidando a derrubada do mito lulopetralha, habilidosamente costurado, ao longo de décadas, por Lula e pela sua patota. Diziam que iam moralizar o país. Sumiram-no no pior valhacouto que a história republicana já conheceu. Diziam que governariam para os mais pobres. Governaram para eles próprios e para os mais ricos afinados com eles, as grandes empreiteiras que ajudaram a saquear a Petrobrás e outras estatais como a Eletrobrás e os Correios, bem como os bancos públicos. Diziam que iam implantar a democracia plena. Implantaram, pelo contrário, a falência das instituições republicanas. Negaram de chofre tudo que apregoaram. E, não contentes com isso, esfregaram na cara dos brasileiros que o faziam pela causa socialista, ou seja, pela causa deles próprios, que sempre se consideraram donos da Justiça Social. Colocaram em prática o estranho princípio patrimonialista da "privatização de lucros e da socialização de prejuízos".
Os mitos, diz Ortega y Gasset, morrem de dentro para fora, não de fora para dentro. Morrem de anorexia. O mito lulopetralha começou a morrer no dia em que Lula pregou a primeira mentira, ou seja, quando começou a falar. Ele é mentiroso por natureza. O conjunto da sua obra, como o da gestão dilmista, pode ser chamado, como o chamei em livro recente, de "A Grande Mentira".
A sociedade brasileira cansou-se do messianismo lulista. E mandou para a casa o seu poste, Dilma. E continuará pressionando em ruas, blogs, imprensa, universidades, em conversas informais e onde quer que os cidadãos exponham a sua opinião, para que logo seja esquecido esse projeto mentiroso chamado PT. E para que Lula pague perante a Justiça pelos seus malfeitos.
O "jardim de infância", que sentava à esquerda da mesa do Senado ao longo das muitas horas de debate, lutou até o final para atrapalhar o processo de impeachment. Embora confessem que não acreditam nas "instituições burguesas", os lulopetralhas tudo fizeram para se servirem delas, em benefício da Dilma, de Lula e dos desmandos do partido. A mais recente artimanha foi a proposta de última hora para que, no julgamento do impeachment, se desvinculasse a decisão pela perda do poder, da decisão pela perda dos direitos políticos da ré por oito anos. Dilma, embora tenha perdido o poder por crime de responsabilidade fiscal, absurdamente poderá exercer cargo público. "Contradictio in terminis" que, aliás, joga no lixo a Lei da Ficha Limpa. Mas a opinião pública já está sabendo disso e reagirá à altura.
Quanto ao barulho e à oposição totalitária que os petralhas ameaçam desatar agora contra as instituições republicanas e contra o mandato do presidente Temer, torcemos para que as autoridades não tenham pejo em aplicar a lei com todo o seu rigor. A balbúrdia causada nos últimos dias em São Paulo por militantes petralhas precisa ser reprimida a contento, como, aliás, a polícia paulista já está fazendo. E contra o terrorismo com que ameaçam, há um remédio muito simples: aplicação sem dó da lei anti-terrorista que já está em vigor.
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