Pesquisar este blog

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A FACA, A RUA, A MULTIDÃO E O MECANISMO: O TERRORISMO NO CENÁRIO ELEITORAL

Algoz e vítima 2 minutos antes do ataque. Foto: Fábio Mota, O Estado de S. Paulo, 9-9-2018, p. A6.

Os acontecimentos da rua Halfeld, em Juiz de Fora, na quinta-feira 6 de setembro, deixaram uma lição: "O Mecanismo"  funciona. (Refiro-me à série de TV, lançada a começos deste ano e dirigida por José Padilha, Felipe Prado e Marcos Prado, que se debruça sobre as práticas de corrupção e violência sistêmicas introduzidas pelo PT, ao ensejo do Petrolão e que foram objeto da Operação Lava-Jato) .

Na arruaça que quase põe fim à vida do candidato Jair Bolsonaro revelou-se a ponta do iceberg do crime organizado, que motivou o famoso seriado da Netflix. Além da estrutura empresarial para roubar dinheiro público à sombra da Petrobrás, foi posta  em prática, pelos petistas, a tecnologia high tech do terrorismo midiático: a arruaça para movimentar a opinião pública e plantar a incerteza. Essa escalada já tinha mostrado a sua cara na confusão realizada pelos apoiadores de Lula quando da decretação da sua prisão, ao ensejo da visita  de despedida (com direito a show litúrgico e tudo o mais), que o condenado fez à sede do sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo, em abril deste ano. A escalada midiática foi repetida, depois, nas chicanas jurídicas que os causídicos do PT têm feito sucessivamente perante os tribunais, com a finalidade exclusiva de tumultuar o processo eleitoral e conferir visibilidade ao mandante de todo o esquema, o presidiário Lula. 

O empreendimento midiático fundamentou-se em pífia prova: um documento assinado por dois membros do Comitê de Direitos Humanos da ONU (integrado por 18 participantes), que exigiam a imediata libertação do Lula para que pudesse participar da campanha presidencial e das eleições. Ora, o documento não tem valor legal, pois o tal Comitê não possui nenhuma autoridade sobre os governos dos países filiados ao organismo internacional.

Mas voltemos à tecnologia da arruaça para conquistar audiência. No mundo globalizado de hoje, ela não é novidade. Trata-se de, com eventos produzidos a partir da cotidianidade, gerar a incerteza e plantar o sentimento de terror nas grandes massas, como nos atentados de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas, em Nova York, que deram origem à forma até então inédita da guerra global. Simples decolagens de aviões de carreira tornaram-se, então, em mãos dos terroristas, eventos trágicos que movimentaram a opinião pública mundial, colocando em destaque o novo tipo de ator que aparecia na guerra high tech: o fundamentalista.

Essa modalidade delitiva foi rapidamente copiada por terroristas pelo mundo afora, gerando, ao longo do Planeta, a insegurança e o terror entre as mais variadas sociedades, desde as prósperas classes-médias estadunidenses (com ataques a bomba, como na maratona de Boston, em 2013), ou com os costumeiros tiroteios indiscriminados, passando pelas cidades europeias (com carros sendo jogados sobre pedestres na Inglaterra, na França, na Espanha e na Alemanha), com tiroteios como o que vitimou jornalistas do semanário Charlie Hebdo em Paris, no bar Bataclan e outros lugares da capital francesa em 2015 e com atentados terroristas no metrô de Moscou (em 2010) efetivados pelos militantes chechenos. A nova onda do terror global golpeou inclusive os mais pobres no Planeta como no Egito, na Nigéria e outros países  africanos, que conheceram também as desgraças do terrorismo midiático com as espetaculares investidas da Irmandade Muçulmana  e do Boko Haram contra indefesas populações civis. Isso para não falar do costumeiro terrorismo que mata indiscriminadamente na Síria, no Iraque, no Paquistão, no Afeganistão, etc.

Essa tecnologia da morte e da ameaça universal espraiou-se também pela América Latina, com a violência generalizada expandida no México e em outros países pelos cartéis da droga. O Brasil (com os nossos mais de 60 mil assassinatos por ano) não ficou alheio a esse mal. São conhecidos os espetaculares procedimentos terroristas dos "Salves" do PCC, que foram colocando em mãos dos marginais da sigla os presídios de norte ao sul do Brasil. Dividendos políticos começaram a aparecer ao longo dos anos dos governos petistas, com os meliantes desatando ondas de violência sistemática que abarcavam desde assassinato continuado de policiais até incêndios de veículos de transporte coletivo, notadamente em estados governados pela oposição ao PT como São Paulo, Santa Catarina, Paraná, etc. No Rio de Janeiro já tinha se sedimentado o terrorismo dos narcotraficantes contra a população civil e os agentes policiais desde finais do século passado, o que conduziu à atual intervenção federal na área de segurança. Na Colômbia, a nova onda de terror povoou de vítimas fatais as cidades do interior do país na guerra desatada pelas FARC e pelos cartéis das drogas contra o Estado (ao longo do período que vai de 1990 até 2002). Essa guerra foi, no sentir de um estudioso francês, "uma guerra contra a sociedade".

A arruaça da rua Halfeld e a tentativa de assassinato do deputado Jair Bolsonaro desmoralizaram a Polícia Federal que fazia a segurança do candidato. A vítima, carregada nos ombros dos policiais federais, recebeu a estocada assassina que quase a mata. A Polícia Federal, ferida na sua honra, reagiu com rapidez, prendendo e isolando o meliante, e pedindo à Justiça que o colocasse rapidamente numa prisão federal de alta segurança. 

Falta que sejam cumpridas outras providências, como prender os outros membros da quadrilha que certamente estava na rua dando apoio ao criminoso mor, como revelam vários vídeos postados nas redes sociais. Sabe-se que até uma funcionária pública do setor bancário teria participado, entregando a faca ao executor, pois foi identificada num desses vídeos. Falta que seja esclarecido de onde provieram os fartos recursos financeiros que pagaram a turma dos meliantes da Rua Halfeld e quem contratou em tempo recorde a banca de advogados para defender o criminoso. Falta que seja divulgado à opinião pública o roteiro dos terroristas em Juiz de Fora, em Minas Gerais e em outros estados. O meliante principal já tinha seguido os passos da sua vítima em Santa Catarina. Falta identificar os militantes que nas redes sociais postaram, antes do atentato contra Jair Bolsonaro, mensagens em que pediam claramente o assassinato dele. É necessário que tudo seja plenamente esclarecido perante a opinião pública, inclusive elucidando se houve - como parece - partidos políticos que atuaram por trás da iniciativa criminosa e que sejam chamados às suas responsabilidades, perante a lei, aqueles que a tenham transgredido acobertando ou facilitando a ação terrorista. E que celeremente sejam colocados atrás das grades todos os envolvidos na tentativa de assassinato.

Algumas conclusões: em primeiro lugar, deve ficar bem claro perante a opinião pública que o monopólio do uso legítimo da violência é do Estado, representado no caso da segurança pública pelas suas instituições: Ministério Publico, Magistratura, Forças Armadas e Forças Policiais. Acho muito pertinente o alerta dado pelo Comandante do Exército, general Vilas Boas,  na sua entrevista de domingo passado ("Legitimidade de novo governo pode até ser questionada", O Estado de S.Paulo, 09/09/2018, p. A4), quando, se referindo às chicanas jurídicas realizadas pelos advogados de Lula, frisou: "O pior cenário é termos alguém sob judice, afrontando tanto a Constituição quanto a Lei da Ficha Limpa, tirando a legitimidade, dificultando a estabilidade e a governabilidade do futuro governo e dividindo ainda mais a sociedade brasileira. A Lei da Ficha Limpa se aplica a todos. (...). As Forças Armadas são instituições de Estado, de caráter apolítico e apartidário. (...). A postura e a conduta das Forças Armadas serão exatamente as mesmas em um governo de esquerda ou de direita, sem fulanizar (...)". Os protestos da presidente do PT e da militância petista contra a autoridade moral do Comandante do Exército são apenas esperneios de afogado. Não têm nenhuma legitimidade. 

Em segundo lugar, na atual campanha é de primordial importância que rigorosos protocolos de segurança sejam adotados, imediatamente, pela Polícia Federal, a fim de garantir efetivamente a integridade física dos candidatos, impedindo, por exemplo, como ocorreu em Juiz de Fora, a indiscriminada mistura deles com a multidão. A PF já aumentou o número de agentes que cuidarão da segurança dos candidatos

Em terceiro lugar, a última instância do Judiciário Brasileiro, o Supremo Tribunal Federal, deve cumprir a contento com a sua missão de garantir o respeito à Constituição e a sadia aplicação das leis. A prática de solturas inesperadas de presos condenados, como ocorreu com José Dirceu, um conhecido e perigoso agitador, deve cessar imediatamente. Os juízes togados do Supremo não podem, com as suas decisões esdrúxulas de soltura indiscriminada de meliantes condenados, espalhar a insegurança jurídica que hoje campeia.

Em quarto lugar, a sociedade brasileira já está dando a sua resposta, no apoio incondicional que tem externado ao candidato Jair Bolsonaro, via redes sociais e em manifestações públicas, como a carreata que teve lugar em Fortaleza, no domingo passado. Os índices nacionais de preferência do eleitorado pelo candidato ferido na rua Halfeld aumentaram sensivelmente no início desta semana.

Um comentário:

  1. Há muito não lia texto tão vergonhoso. Vc está desmentindo tudo que escreveu...

    "...Falta que sejam cumpridas outras providências, como prender os outros membros da quadrilha que certamente estava na rua dando apoio ao criminoso mor, como revelam vários vídeos postados nas redes sociais. Sabe-se que até uma funcionária pública do setor bancário teria participado, entregando a faca ao executor, pois foi identificada num desses vídeos. Falta que seja esclarecido de onde provieram os fartos recursos financeiros que pagaram a turma dos meliantes da Rua Halfeld e quem contratou em tempo recorde a banca de advogados para defender o criminoso. Falta que seja divulgado à opinião pública o roteiro dos terroristas em Juiz de Fora, em Minas Gerais e em outros estados. O meliante principal já tinha seguido os passos da sua vítima em Santa Catarina. Falta identificar os militantes que nas redes sociais postaram, antes do atentato contra Jair Bolsonaro, mensagens em que pediam claramente o assassinato dele. É necessário que tudo seja plenamente esclarecido perante a opinião pública, inclusive elucidando se houve - como parece - partidos políticos que atuaram por trás da iniciativa criminosa e que sejam chamados às suas responsabilidades, perante a lei, aqueles que a tenham transgredido acobertando ou facilitando a ação terrorista. E que celeremente sejam colocados atrás das grades todos os envolvidos na tentativa de assassinato...."

    Falta, isso sim, vc provar tudo isso, postando aqui vídeos e as provas dos "sabe-se" do que diz.

    "...A arruaça da rua Halfeld e a tentativa de assassinato do deputado Jair Bolsonaro desmoralizaram a Polícia Federal que fazia a segurança do candidato. A vítima, carregada nos ombros dos policiais federais, recebeu a estocada assassina que quase a mata. A Polícia Federal, ferida na sua honra, reagiu com rapidez, prendendo e isolando o meliante, e pedindo à Justiça que o colocasse rapidamente numa prisão federal de alta segurança...." Há muito não lia algo tão imbecil. Vc tem certeza de que ele era carregado nos ombros por PF? Vc prova o que disse? Estocada assassina que não matou? PF ferida em sua honra? Agiu com rapidez? O cara enfiou a faca e foi cercado pelos militantes de Bozo que eram militares...

    Vc diz que falta isso e aquilo? Ora, falta tudo! NO Brasil de 10 crime violentos a policia resolve 0,9. Eu estava lá; vc está escondido no Paraná. A arruaça foram eles que geraram, como forma de filmar o "já ganhou".

    Vc não é um liberal, muito menos um democrata. Vc foi hipócrita a vida toda! Por isso vc jamais saiu do mundo das universidades públicas! Que coisa, sô!

    MAM

    ResponderExcluir