A sociedade brasileira espera que a atual conjuntura seja aproveitada para acelerar o processo de privatizações que, efetivadas com sucesso nos governos de Fernando Henrique Cardoso, passaram a ser objeto de vergonha dos próprios tucanos, em face da avalanche retórica estatista dos desgovernos petistas. O governo federal administra hoje 149 estatais. É colocada sobre o tapete novamente a questão das privatizações. Privatizar já, a começar pela Petrobrás! Privatizar a Eletrobrás, outro front dos desmandos estatistas de Lula e Dilma. Privatizar as demais empresas estatais, que foram criadas da noite para o dia pelos petralhas.
É coisa de espírito megalomaníaco: segundo pesquisa realizada pelo Instituto Teotônio Vilela (ligado ao PSDB) e divulgada em agosto deste ano, os petralhas conseguiram a proeza de criar mais de 41 estatais ao longo dos últimos 13 anos. Os custos de financiamento dessa criatividade petralha foram altos: de acordo com a pesquisa mencionada, as operações das 28 estatais não financeiras geraram um prejuízo acumulado de 7,99 bilhões de reais. Além disso, a folha salarial dessas empresas consumiu mais de 5,4 bilhões de reais. Duas empresas subsidiárias da Petrobrás foram as mais deficitárias entre as novas estatais: o prejuízo ensejado pela CITEPE e pela Petroquímica SUAPE chegou a 7 bilhões de reais.
A contabilidade imaginária dos petistas, recordemos, utilizou generosos financiamentos concedidos pelo BNDES para criar, entre os empresários que se chegaram à sombra dos petralhas, os famosos "campeões de bilheteria" que só davam lucros para si próprios e para o PT e garantiam a "socialização de prejuízos" para os pagadores de impostos deste país.
O caminho vai sendo aberto para que se efetivem as privatizações no setor elétrico. Foi aprovada recentemente na Câmara (11 de outubro) a MP 735, colocando a gestão dos 3 fundos bilionários do setor em mãos da CCEE (entidade privada sem fins lucrativos e mantida pelas empresas). Até agora era a Eletrobrás que centralizava a arrecadação desses fundos, conforme noticiou o Antagonista (11-10).
O ambiente de desestatização que acompanhou a recente aprovação, pela Câmara dos Deputados, da PEC 241 que controla os gastos públicos nos próximos 20 anos, está sendo avaliada pelos investidores como um clima positivo para aumentar os negócios. O varejo paulista, por exemplo, planeja contratar mais funcionários temporários no próximo período natalino, abrindo 20 mil vagas sazonais (superando, portanto, as 15 mil vagas que tinham sido criadas no ano passado). É uma reação positiva diante do quadro de saneamento das contas públicas.
O controle sobre o gasto público somente é lamentado pelos barnabés improdutivos incrustados na burocracia oficial e pela esquerda sem-vergonha que sempre lucrou com o estatismo. Mas a sociedade brasileira comemora a volta do controle sobre o gasto público. Vamos tirar o Brasil do vermelho: privatizar já!
Não é bem assim. Não foi a retórica; grande parte do PSDB era contra o modelo econômico de FHC, sobretudo as privatizações...
ResponderExcluirEu ouvi de um membro da executiva tucana no Rio, em 1997:
- vamos dar uma chance pra ele!
Perguntei o porquê e ele respondeu:
- privatizações!
Detalhe, conversávamos na Visconde de Pirajá, em plena Ipanema, onde ele tinha consultório e ambos morávamos...
Percebeu a ironia?
MAM
É, meu caro, tinha - e tem - ainda muito socialista troglodita frequentando as fileiras social-democratas...
Excluir