As Nações adoecem como os indivíduos. A sociedade brasileira está doente. A síndrome da violência se instalou como perverso clima que põe em risco a vida de todos nós. É o ambiente hobbesiano de temor da morte violenta. E de fato corremos maior risco que os habitantes de outros países. 60.000 homicídios por ano não é brincadeira. Essa cifra nos coloca no topo das nações mais violentas do mundo. É a falência do Estado patrimonial que não cuida do que deveria cuidar: saúde, educação e segurança dos cidadãos.
Enquanto isso, as instituições deste país, os poderes públicos, cuidam de si próprios e das benesses da imprestável burocracia que nos assoberba. Na rixa entre poderes que caracterizou a última semana, destaca-se um fato: as coisas ficam como estão. Policiais do Senado a serviço da presidência da casa podem bisbilhotar à vontade e atrapalhar investigações ordenadas pela Justiça. O ministro Teori Zavascki, pelo menos, passou essa mensagem ao sustar a Operação Metis, que procurava investigar as trapalhadas de contra-inteligência dos policiais do Senado. Eles serão também, agora, protegidos pelo foro especial. Renan Calheiros agradece penhorado a providência do Ministro. Mas certamente os cidadãos comuns nem entendem o por que dessa providência nem agradecem a mesma, que antes atrapalha as suas vidas e a busca da transparência por todos almejada. Esperamos que o colegiado do STF corrija essa falha.
A violência corre solta pelas ruas e espaços das nossas cidades. Noticia o jornal O Globo de hoje: o Brasil registra 160 assassinatos por dia. No que vai corrido deste ano, o Rio de Janeiro já conta com 846 vítimas de bala perdida. Os presídios federais de segurança máxima contam com 25 facções. Ler tudo isso, de uma tacada só, é para amargar o café da manhã de qualquer um.
Está prevista para hoje reunião de representantes dos três poderes da República para tratar da problemática da segurança pública que, como se vê, está em frangalhos.
Após os 14 anos de desgovernos petistas instalou-se no Brasil um clima de salve-se quem puder. Nos tradicionais assaltos a norma dos meliantes agora é: primeiro atirar (ou esfaquear, modalidade de crime que no Rio já virou moda) e depois roubar, como acontecia na Colômbia dos tempos de Pablo Escobar. Essa violência gratuita se instala como gripe suína. Vira clima escatológico mesmo. A violência se sente por toda parte: na agressividade do trânsito, na má educação do caixa de banco, na sem-vergonhice do funcionário público que não está nem aí para a fila interminável que se estende à porta do guichê, no caradurismo dos ladrões de ontem que aparecem de cara lavada, exigindo os "seus direitos" (desde o Lularápio até o militantezinho que imita a arrogância do chefe), na intransigência dos grevistas dos serviços essenciais de olho exclusivamente nas suas reivindicações salariais, na radicalização estúpida da militância das viúvas do PT que manipulam adolescentes e, depois, quando as mortes acontecem, lavam as mãos atribuindo a culpa "ao sistema".
Nesse clima de tudo-vale sobressai a atuação negativa de alguns funcionários públicos que, em lugar de tomar o partido da ordem e da defesa das instituições que servem aos cidadãos, se alinham do lado errado, protegendo os baderneiros.
É o que aconteceu recentemente quando a subprocuradora da República, que está a cargo da Procuradoria Geral dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, se opôs à determinação do MEC de identificar as lideranças dos baderneiros que estão radicalizando os jovens nas escolas públicas do Paraná, tendo merecido, por essa atitude, um puxão de orelhas do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Ela já tinha tomado as dores dos militantes do caos ao defender que a PM de São Paulo somente agisse contra os baderneiros sob supervisão dos procuradores da República. Ô tempora! Ô mores!
Se fosse só LULA, seria preocupante, mas dentro do esquadro. O problema e que na quarta passada, no Estudio I da Globo News, dona Flavia, a negra, mulher e jornalista, tremenda recalcada, falava a mesma coisa! Ontem, em seu lugar, um jornalista de brinco e discurso meloso, replicando discurso emocionado do colega ao lado, dizia que Ana Julia havia feito bonito discurso, que os invasores tem pauta sim e que o juiz que mandou reprimir invasor é torturador!
ResponderExcluirEntão, lhe pergunto: Pra vc ouvir algo que preste na Globo News, tem que ficar acordado até umas 23 horas! Lula? Marinhos!
MAM