Amigos, é trágica, para dizer o mínimo, a situação em que o Brasil se debate, com a elite lulopetralha preparando o golpe de estado contra as Instituições Republicanas, a fim de dar sobrevida a este governo corrupto, do qual emergirá, caso se confirmem as expectativas de Lula, Dilma et caterva, o domínio explícito da barbárie sobre a civilização!
O governo da Dilma e Lula utilizam como armas desse golpe fartos recursos do Tesouro para pagar aos congressistas do baixo clero a sua abstenção na votação do impeachment ou o voto favorável à permanência da Dilma no Planalto.
Tomara que a triste perspectiva vislumbrada pelo editorial do jornal O Estado de São Paulo não se confirme, embora sejam muito bem fundadas as razões do editorialista desse jornal. Não posso deixar de repassar, aqui, esse magnífico Editorial.
Coloquei como título do meu post, título tirado de editorial do jornal El Colombiano, de Medellín, às vésperas da guerra que as FARC desataram contra os colombianos, ao longo do fraco governo de Andrés Pastrana (entre 1998 e 2002), que entregou aos guerrilheiros o estratégico território de El Caguán, a partir do qual iniciaram a dura ofensiva que visava à tomada do poder pelos guerrilheiros comunistas. Dessa guerra saiu perdendo a Nação colombiana, com os mais de 400 mil mortos que o conflito produziu. Tomara que o Brasil não pague um preço igualmente elevado e trágico pela atual insanidade.
O GOLPE SEM O IMPEACHMENT
(Editorial do jornal O Estado de São Paulo, 05/04/2016)
É inevitável a sombria perspectiva de
um governo ainda pior que o desgoverno de hoje, na hipótese de que o
impeachment de Dilma seja barrado na Câmara dos Deputados, que se tornou
necessário considerar porque o Planalto está assumindo “compromissos com o rebotalho
do Congresso, abrindo-lhe espaços nobres no Ministério e aviltando de forma
inédita o exercício da Presidência”, conforme destacado em editorial publicado
no domingo neste espaço. E, pelas notícias que vêm do submundo brasiliense, não
são cargos apenas que são mercadejados. Também o dinheiro vivo compra ausências
(por R$ 400 mil) ou votos (por R$ 1 milhão) que favoreçam Dilma. São
importâncias calculadas, bem a propósito, para caber em cuecas ou peças
semelhantes, como disso bem sabem notórios próceres do governo petista. Menos
insultaria o político corrupto; mais tornaria o negócio arriscado.
A agravar essa perspectiva negativa,
em especial no que diz respeito ao aviltamento do exercício da Presidência da
República, está o fato de que uma reviravolta que garanta o mandato de Dilma
implicará inevitavelmente o fortalecimento político de Luiz Inácio Lula da
Silva e a provável confirmação de sua nomeação para o Ministério, que ele
próprio acredita que acontecerá em breve.
Diante dessa possibilidade, a questão
que se coloca é a seguinte: quem será efetivamente o chefe do governo? Dilma ou
Lula? Não que faça muita diferença para o País, porque, do ponto de vista
econômico, a ingovernabilidade tem raízes profundas no voluntarismo estatista
do PT e isso não mudará. E, do ponto de vista político, este governo impopular
continuará refém do fisiologismo escancarado no qual o baixo clero parlamentar
foi acostumado a se esbaldar pela falta de escrúpulos do lulopetismo. Uma coisa
é obter 172 votos e/ou ausências suficientes para barrar o impeachment. Outra
coisa é garantir maioria de votos, mesmo que simples, para aprovar as
iniciativas do Executivo. Trocando em miúdos, com o PT no poder, a economia não
será saneada e a política continuará a esbórnia que tem sido. Ou seja, a
moralidade não se restaurará.
Lula é visto pelo PT como a salvação
da lavoura. E, se o impeachment não for aprovado, a influência do chefão no
aliciamento de votos terá sido decisiva. Com esse crédito, ele será uma espécie
de primeiro-ministro, detentor efetivo do poder, até porque é mais fácil
acreditar em Papai Noel do que na hipótese de que Dilma, apesar de toda sua
soberba e arrogância, tente com sucesso subordinar Lula a seu comando. E o
próprio ex-presidente não faz segredo disso. Na visita que fez a Fortaleza no
fim de semana, cansou-se de proclamar que vai virar ministro para “tomar as
rédeas” do governo. É exatamente isso o que desejam, e não disfarçam, o PT e
todas as entidades sindicais e sociais que são extensões do lulopetismo.
A se confirmar esse drible em Dilma – honi soit qui mal y pense – estará consumado o golpe que há meses ela
teme e denuncia pois, em última análise, estará sendo deposta de facto,
por meio, digamos, de um “arranjo doméstico”. E ninguém no PT e arredores
moverá uma palha para protestar contra o golpe da usurpação do poder de quem
foi consagrada nas urnas com mais de 54 milhões de votos populares. Lula e o
PT, triunfantes mercadores de ilusões, estarão dando uma debochada banana para
os dois terços de brasileiros que querem ver pelas costas Dilma Rousseff e tudo
o que ela significa.
Com Lula no comando do governo e
Dilma se dividindo entre o saudável pedalar matinal nas cercanias do Palácio da
Alvorada e uma intensa agenda de inaugurações festivamente desimportantes Brasil
afora, o País estará condenado a piorar – mas acreditando que melhora.
Populista irredimível, Lula acredita
ter salvado com as próprias mãos o Brasil da crise mundial de 2008, sem se dar
conta de que a “nova matriz econômica” em que embarcou crente de que estava
abrindo as portas do Paraíso era a súmula do desastre. Anos de voluntarismo
intervencionista paralisaram o País e surrupiaram a confiança dos brasileiros,
interrompendo a produção de riquezas, única base sustentável para o verdadeiro
desenvolvimento econômico e social. A Nação não aguenta mais do mesmo.
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