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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

DILMA, A SENHORA DO TRILHÃO E A RETÓRICA LULOPETRALHA

Os economistas Mônica de Bolle ("Narrativas brasileiras", O Estado de S. Paulo, 23/01/2016) e Paulo Rabello de Castro ("A senhora de 1 trilhão", O Estado de S. Paulo, 03/02/2016) tomaram-se recentemente o trabalho de calcular o buraco financeiro cavado pela Dilma e a sua equipe econômica ao longo dos últimos anos. A soma chega a incríveis um trilhão de reais! Montante para rei Midas nenhum botar defeito. 

O dramático da situação é que nesse titanic furado chamado Brasil estamos todos nós, contribuintes e cidadãos, catalogados pela imprensa econômica internacional como de segunda classe. Pois o despautério, infelizmente, já está sendo pago pela sociedade com a volta da inflação e o aumento dos impostos. A dívida a pagar, com certeza, compromete o bem estar do cidadão médio e das próximas gerações. O totalitarismo lulopetralha, definitivamente, está saindo caro demais aos brasileiros. Os nossos filhos e netos sentirão, ao longo das próximas décadas, no orçamento familiar minguado, o peso desse crime de lesa Pátria.

O mais trágico da situação é que o governo e o PT recusam-se a reconhecer a culpa pelo crime da roubalheira generalizada e da péssima administração e, em consequência, continuarão a praticá-lo até serem expulsos do poder. A gastança continua nos arraiais do Planalto. Pior: sob o comando do Lula, cujos calcanhares já aparecem sujos pela lama da roubalheira que está sendo desvendada na Justiça, novos entraves estão sendo criados para a Operação Lava-Jato. Dilma, ameaçada pelo clamor das ruas que repetem a exigência de impeachment, gasta o que não tem para se manter no poder. E a militância bruta ameaça incendiar o Brasil se a mamata acabar.

Um dos artifícios criminosos dos petralhas, nestes tempos de cinismo e podridão, consiste em lançar fumaça de desinformação ao vento, para confundir as mentes e desviar o foco da apuração dos crimes. Nessa ignóbil tarefa, Lula, Dilma et caterva são craques. 

Insere-se nesse contexto o livro recentemente lançado pelo presidente do IPEA, Jessé Souza (A tolice da inteligência brasileira, Rio: Casa da Palavra, 2015), com a denúncia de que as mazelas do Brasil decorrem do "culturalismo racista" da intelectualidade, como se as desgraças dos treze anos de roubalheira petralha tivessem sido inventadas pelos nossos sociólogos, entre os quais menciona Raymundo Faoro, Roberto Damatta, Bolívar Lamounier e até o próprio Florestan Fernandes. 

Deliberada confusão do discípulo do já confuso Pierre Bourdieu, numa reedição do que o mestre Antônio Paim denominava, há alguns anos, de "Discurso da confusão voluntária". O presidente do IPEA, além das estatísticas fajutas que o Instituto passou a divulgar após o seu aparelhamento pela burocracia dos intelectuais orgânicos petralhas, já a partir dos governos de Lula, contribui com o stablishment da corrupção engrossando a cortina de fumaça dos propagandistas chapa-branca. Os culpados pelas desgraças do patrimonialismo tupiniquim que aí estão e que, segundo a revista América Economia, nos colocam na rabeira das nações latino-americanas ao lado da Venezuela, não são os petralhas que privatizaram o Estado, mas os sociólogos brasileiros!

Digamos que Jessé Souza teria razão se, em lugar dos sociólogos mencionados, ele se colocasse a si próprio e as demais cabeças pensantes dos intelectuais orgânicos do PT, como responsáveis pela operação lança-fumaça que tenta encobrir as causas da nossa atual desgraça social. O novato presidente do IPEA não precisava denegrir a obra de pensadores sérios como Faoro, Damatta, Lamounier e Florestan Fernandes.

Um comentário:

  1. Por duvida das vias eu acabaria com a Sociologia. Se ela quiser continuar a existir que lute para sobreviver numa escola Superior de Sociologia sem dinheiro público.

    Aliás, radicalizo. Acabaria com a Universidade. Voltaríamos às escolas superiores e cada uma que conquiste e mantenha a sua sobrevivência.

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