O cientista político Bolívar Lamounier. |
"Estado Camarão", imagem com que o cientista Bolívar Lamounier identifica o nosso Estado Patrimonial. |
O cientista político Bolívar Lamounier muito gentilmente comentou, no seu artigo recentemente publicado no Estadão ("Impeachment e reforma do Estado-camarão", 31/01), a matéria por mim escrita e publicada no mesmo jornal ("Patrimonialismo de longa data", 26/01).
Tomo carona nos itens
propostos por Bolívar Lamounier para desmontar o nosso Leviatã tupiniquim,
assim caracterizado pelo eminente cientista político: "Na excrescente fase
a que chegou, o patrimonialismo brasileiro pode ser apropriadamente descrito como
um Estado-camarão, por analogia com o crustáceo decápode que todos conhecemos.
O traço distintivo do Estado-camarão é sua cabeça avultada e mal suprida de
substâncias culinariamente aproveitáveis. A tenacidade com que se incrustou no
casco da nau brasileira recomenda que sua cabeça seja urgentemente
decepada. Com tal estrutura de Estado, salta aos olhos que o Brasil jamais
saltará do grupo de países de 'desenvolvimento médio' para o nível mais alto,
no qual se situam os países de fato desenvolvidos (...)".
O Estado Patrimonial
brasileiro é deveras cego, surdo e mudo. A presidenta Dilma acha que reverterá
todas as mazelas que afetam a nossa economia com a criação, pelo Executivo, do
"Conselhão", aquele simulacro de assembleia cooptada pelo governo,
que finge "ouvir" as reclamações do setor produtivo. Ora, ora. Os
empresários que participaram da esdrúxula reunião entraram mudos e saíram
calados. E continuarão nessa atitude, haja vista que o governo nunca levou em
consideração as demandas do setor produtivo, autista do jeito que é: só se
escuta a si próprio. E coopta os setores da sociedade que achar por bem chamar
ao “diálogo”. Se fosse para valer a preocupação da Dilma com a economia, a
primeira providência teria sido dar início ao controle efetivo do gasto
público. Coisa que tem passado longe das preocupações oficiais.
Nem falo da atitude do Lula e dos seus brutos manifestantes, dispostos a criar tumulto onde queira que apareça a possibilidade de a Magistrtura enquadrar o "Pixuleco", a fim de que esclareça os seus obscuros negócios, como aconteceu em dias passados nas vizinhanças do Foro da Barra Funda, em São Paulo. Os militantes petistas passaram à sociedade a mensagem de que o Lularápio está acima dos demais cidadãos deste país. Totalitarismo troglodita que ninguém pode aceitar!
Nem falo da atitude do Lula e dos seus brutos manifestantes, dispostos a criar tumulto onde queira que apareça a possibilidade de a Magistrtura enquadrar o "Pixuleco", a fim de que esclareça os seus obscuros negócios, como aconteceu em dias passados nas vizinhanças do Foro da Barra Funda, em São Paulo. Os militantes petistas passaram à sociedade a mensagem de que o Lularápio está acima dos demais cidadãos deste país. Totalitarismo troglodita que ninguém pode aceitar!
Antes, porém, de passar a
elencar as medidas que devem ser tomadas para desmontar o Leviatã
patrimonialista, faço uma aclaração que me parece justa, neste contexto de
descrença generalizada em face dos partidos políticos: em pelo menos três
agremiações político-partidárias das atualmente vigentes e situadas na
Oposição, foram apresentadas, ao longo das últimas décadas, propostas que
claramente conduziam à superação do Estado-camarão descrito por Bolívar
Lamounier: o PSDB, o DEM e o PPS. Destaco as propostas de reformulação da nossa
Federação apresentadas pelo senador Jorge Bornhausen (e retomadas pelo
candidato tucano, Aécio Neves, na passada campanha presidencial), bem como as
várias iniciativas de autoria do PSDB em face da privatização, que foram
endossadas pelo então PFL, ao longo dos governos de Fernando Henrique Cardoso
(apenas para lembrar: registro o título do opúsculo A bem sucedida
privatização brasileira, organizado pelo professor e amigo Antônio Paim, na
época assessor da mencionada sigla partidária).
Mas vamos às propostas
concretas. Bolívar Lamounier apresentou três, importantíssimas, que elenco a
seguir:
1 – “Na esfera econômica,
há que privatizar tudo o que o
setor privado puder assumir de imediato, reduzindo ao mínimo o intervencionismo
empresarial do Estado, fortalecendo as agências reguladoras e tratando de
assegurar a previsibilidade e a segurança jurídica”.
Complemento esta proposta com a apresentada por Pedro Malan ("O tempo é curto", O Estado de S. Paulo, 14-02-2016): "Sem reforma fiscal (aí incluída a Previdência) não haverá retomada do crescimento econômico".
Complemento esta proposta com a apresentada por Pedro Malan ("O tempo é curto", O Estado de S. Paulo, 14-02-2016): "Sem reforma fiscal (aí incluída a Previdência) não haverá retomada do crescimento econômico".
2 – “Na área trabalhista, [cito Bolívar Lamounier], desmontar o sistema corporativista de inspiração mussoliniana – ‘herança
maldita’ da ditadura Vargas - substituindo a unicidade (artigo 8, II, da
Constituição federal de 1988) pelo pluralismo sindical e suprimindo o poder
normativo da Justiça do Trabalho”.
3 – “No plano político, [citando ainda Bolívar Lamounier] descentralizar a Federação, com a devida reorganização das receitas e
competências; fortalecer as Assembleias estaduais e reduzir correlativamente o
tamanho do Congresso Nacional; e reorganizar no mesmo sentido o sistema de
representação: relações Executivo X Legislativo moldadas segundo os princípios
do parlamentarismo, voto distrital e alguma sobriedade na cômica permissividade
da legislação partidária”.
Primeira providência a
ser tomada, a meu ver, no terreno da reforma política: fim das emendas parlamentares, que se tornaram caminho para a cooptação de congressistas pelo
Executivo. No contexto da reformulação da Federação entraria a reorganização
das instâncias do poder municipal, estadual e federal, acabando com o modelo
federativo de três níveis desenhado pela Carta de 1988.
A respeito, Bolívar Lamounier
observava: “No Brasil – e nem falemos do Brasil da era petista! – tal
expectativa [de uma Federação com o poder da União hipertrofiado] carece totalmente de sentido. A discrepância entre a autonomia
formal dos Estados e municípios, de um lado, e a dependência financeira real em
relação à União, de outro, abastarda a vida política do País, transformando a
maioria dos congressistas em ‘ despachantes federais’ e fomentando o espetáculo
periódico de governadores e prefeitos acorrendo à capital em peregrinações de
mendicância. Pereniza uma classe política subserviente, mas ao mesmo tempo
propensa a espasmos anarquistas, como a ‘ pauta-bomba’ de 2014-2015”.
Elenco, a seguir, outras
propostas que têm circulado entre os críticos do governo:
4 – Reforma tributária
que restabeleça a segurança jurídica. O
primeiro passo seria acabar com o fenômeno dos “impostos em cascata” que oneram
injustamente aos cidadãos. O segundo seria revisar a tabela de contribuições
que hoje pune indistintamente quem trabalha e quem produz.
5 – Revalorização dos
mecanismos de transparência no controle do gasto público, removendo os
obstáculos criados pelos governos petistas para o reto funcionamento do
Tribunal de Contas da União e mediante o restabelecimento pleno da Lei de
Responsabilidade Fiscal, achincalhada pelas pedaladas fiscais e pela atitude
corrupta dos petistas e colaboradores.
Concordo com ponto de vista de vsª, mas quem tem a força para desmamar tantos políticos acostumados a ganhar fortunas e mais e muito mais benefícios.Todos nós sabemos que no Brasil a classe politica é numerosas e ineficiente, partindo dai os deveres não cumprido pelos os mesmos,acumula pois se têm apenas de sete a oito meses não diria de trabalho, mas de enrolação,sem contar as viagens com dinheiro publico, levando para a quantidade de partidos políticos ,não entendo porque o tse aceita tantos, envés de destituir todos e organizar agremiações minimas para discutir o que se tem que fazer pelo o nosso país.Ministérios a alguns anos na era militar era em torno de dezoito agora virou cabide emprego ou bacão de negócios e o Brasil a ver navios enfim se for apontar-mos todos os problemas seria um documento sem fim a unica solução é um presidente brasileiro com sangue nas veias e amor em nossa pátria
ResponderExcluirConcordo com ponto de vista de vsª, mas quem tem a força para desmamar tantos políticos acostumados a ganhar fortunas e mais e muito mais benefícios.Todos nós sabemos que no Brasil a classe politica é numerosas e ineficiente, partindo dai os deveres não cumprido pelos os mesmos,acumula pois se têm apenas de sete a oito meses não diria de trabalho, mas de enrolação,sem contar as viagens com dinheiro publico, levando para a quantidade de partidos políticos ,não entendo porque o tse aceita tantos, envés de destituir todos e organizar agremiações minimas para discutir o que se tem que fazer pelo o nosso país.Ministérios a alguns anos na era militar era em torno de dezoito agora virou cabide emprego ou bacão de negócios e o Brasil a ver navios enfim se for apontar-mos todos os problemas seria um documento sem fim a unica solução é um presidente brasileiro com sangue nas veias e amor em nossa pátria
ResponderExcluir