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domingo, 23 de agosto de 2009

Tudo pêlo social


Amigos, meus colegas de "Notas de rodapé" deram-me uma excelente idéia, além de terem me passado a imagem. Estamos no Brasil cabeludo! A barba manda, o bigode obedece e o bigodão agradece!É o patrimonialismo na sua mais pura expressão: o tudo pelo social (daquele longínquo governo Sarney, lembram?) virou tudo pêlo social! (a expressão foi cunhada pelo grande Millôr Fernandes). Trocado em miúdos, é o melhor empreendimento do mundo, um negócio da China ou das Arábias: privatização de lucros, socialização de prejuízos. Isso sob a inspiração do imperativo categórico macunaímico-pombalino: levar vantagem em tudo, driblando o trabalho produtivo! A mais excelente exemplificação da ética do atalho ou do não trabalho. O meu amigo, embaixador Meira Penna, discorreu longamente sobre esses hábitos macunaímicos, no seu belo ensaio Em berço esplêndido. É o ideal de burocratas e de políticos patrimonialistas, como esses que inocentaram Sarney e como o próprio.

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