Amigos, em tempos de blindagem lulopetista em favor dos companheiros que roubaram na Petrobrás, chegando a pôr em risco a sobrevivência da empresa, valha lembrar um caso, não semelhante mas apenas análogo (o montante de dinheiro em questão é infinitamente menor no caso desta narrativa em relação ao affaire da petralhada na Petrobrás). Repasso texto que me foi encaminhado pelo meu amigo Marcos Poggi de Araújo, do Rio de Janeiro.
Para nós, que:
a) criticamos os valores prevalecentes na cultura ocidental (em especial a anglo-saxônica protestante) que, tanto na Europa como em certos países fora dela, resultaram no tipo de vida que o proletariado com certo grau de qualificação leva, e que não se diferencia muito da vida da maioria dos industriais e comerciantes (vale dizer, dos burgueses), na medida em que tanto uns quanto os outros vão com a família de avião passar férias em resorts tropicais, têm automóveis de boa qualidade, televisores de plasma 3D, DVDs, laptops e i-phones, além de freqüentarem teatros e restaurantes nos fins de semana e de contarem com serviços de saúde de qualidade e de boas escolas para seus filhos;
b) mentimos à vontade (sobretudo as autoridades), na maior cara de pau, não apenas para o agente de trânsito, mas também para a polícia, o tabelião, o juiz e o povo ... e nunca dá nada;
c) vemos, passivamente, investigados e investigadores, ao arrepio da lei, em relações promíscuas, combinando previamente os detalhes das investigações;
d) podemos roubar, estuprar e matar... e se, por acaso, pegos, não precisamos passar muito tempo na cadeia;
e) privilegiamos o compadrio e, invariavelmente, procuramos blindar, acobertar e justificar os erros e os crimes dos nossos cupinchas ...
... para nós, fica mesmo muito difícil de entender os ingleses ... como pode ser conferido na história abaixo do deputado e ministro britânico Chris Huhne.
Em 2003, um deputado inglês chamado Chris Huhne foi pego
por um radar dirigindo em alta velocidade. Para não perder a carteira, pois na
Inglaterra é feio uma autoridade infringir a Lei, a mulher dele, Vicky Price,
assumiu a culpa.
O tempo passa, o deputado vira Ministro da Energia, o
casamento acaba, a Vicky decide se vingar e conta a história pra imprensa. Como é na Inglaterra, o tal do Chris Huhne é obrigado a se demitir primeiro do
ministério e depois do Parlamento. ACABOU A HISTORIA? NÃO!!!
Segurança nacional? Nem pensar, infrator é infrator.
Privilégio porque é político? Nadica de nada!
Só mesmo nesses paisinhos capitalistas europeus um ministro perde o cargo por
mentir para um guarda de trânsito.
Porque aqui sim, neste maravilhoso paraíso chamado Brasil, a primeira lei
que um guarda de trânsito aprende é saber com quem está falando.
Na Inglaterra é crime mentir para a Justiça e ontem a
Justiça sentenciou o casal envolvido na fraude do radar em 8 meses de cadeia
pra cada um. E vão ter de pagar multa de 120 mil libras, uns 350 mil reais.
Segredo de Justiça? Nem pensar, julgamento aberto ao
público e à imprensa.
E o que disse o Primeiro Ministro David Cameron quando
soube da condenação do seu ex-ministro: "É uma conspiração da mídia conservadora
para denegrir a imagem do meu governo." Certo? Errado!
O que disse o Primeiro Ministro David Cameron acerca do
seu ex-ministro foi o seguinte: “É pra todo mundo ficar sabendo que ninguém,
por mais alto e poderoso que seja, está fora do braço da Lei.”
Estes ingleses são um bando de botocudos!
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