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domingo, 17 de maio de 2020

Pensadores Brasileiros - JOSÉ ARTHUR RIOS (1921-2017)


    
Conheci José Arthur Rios (1921-2017) como Docente da disciplina "Estudo de problemas brasileiros", quando fiz o mestrado em Pensamento Brasileiro na PUC do Rio, entre 1973 e 1974. Era uma disciplina considerada, entre os alunos, como "chata”, não pelo fato de tratar dos problemas do Brasil, mas porque, nesses anos, a matéria era lecionada, via de regra, por militares aposentados ou civis propagandistas do regime. Embora concordasse com a higiene que os militares fizeram na seara da política brasileira, tirando os radicais de esquerda do poder, não concordava com os exageros da repressão, notadamente no que se refere à tortura e à liberdade de expressão. 
    Eu vinha de grupos da esquerda católica, na Colômbia, que descambaram para o terrorismo e a luta armada. Lembro que, quando vim para o Rio casar com a minha primeira esposa, em 1971, o meu tio, o general Juan Félix Mosquera, que tinha sido comandante da Polícia Nacional na Colômbia, me alertou: "Cura" (equivalente de “Padreco”) - era o nome que ele me dava, como liberal anticlerical que era - "tenha muito cuidado no Brasil: os Gorilas não brincam em serviço!". "El tio Juan", como o chamávamos, estava informado. Na véspera da viagem, embora ele se encontrasse gravemente doente (viria a falecer poucos dias depois), me levou ao seu escritório, na bela casa de El Chicó, na zona norte de Bogotá, abriu o cofre-forte e me mostrou uma pasta. Entre os documentos nela contidos, constavam informes do serviço secreto da polícia colombiana, acerca das atividades extremistas dos grupos nos quais eu participava. Não precisou "el tio Juan" de muita retórica para me convencer de duas coisas: a polícia sabia de tudo quanto eu tinha feito e ele era, verdadeiramente, um espírito liberal.
    Quando iniciei o curso de Mestrado na PUC do Rio, em março de 1973, dois professores logo se destacaram: o coordenador da área de pesquisa em Pensamento Brasileiro, Antônio Paim (1927) e o professor José Arthur Rios, que ministrava a famosa e “chata” disciplina. Falarei, aqui, do José Arthur, de quem virei amigo. Do Mestre Paim, meu amigo do peito e que virou o meu orientador e guru, já tenho escrito muito. 
   Antes, porém, é necessário situar José Arthur Rios no contexto do que podaríamos denominar de “pensamento da direita”. Cinco autores sobressaem, no Brasil, de 1950 até hoje, como estudiosos do pensamento conservador. Os quatro primeiros situam-se num contexto hermenêutico, sendo eles: Vicente Ferreira da Silva[1] (1816-1963), Adolpho Crippa[2] (1929-2000), Paulo Mercadante[3] (1923-2013) e Olavo de Carvalho[4] (nasc. 1947).
    O quinto representante da corrente conservadora, José Arthur Rios, sitúa-se, pela formação e pela orientação que deu às suas obras e ensaios monográficos sobre a realidade brasileira, no contexto da sociologia, aproximando-se, da vertente mais larga do “Culturalismo Sociológico”, ensejado pelas pesquisas levadas a cabo, do ângulo monográfico, por Sílvio Romero (1851-1914) e Oliveira Vianna (1883-1951).
   Caracterizarei, rápidamente, os estudiosos que se sitúam por fora da perspectiva rigorosamente sociológica, adotada por José Arthur Rios e que se inserem numa concepção hermenêutica, mais próxima da filosofia da história. Os fatos que constituem a cotidianeidade da política, bem como as doutrinas em que ela se inspira, não explicam, por si sós, o evoluir das Nações, ao redor do poder e das instituições em que este se exerce e se legitima. É necessário conhecer, antes de tudo, o pano de fundo de crenças fundamentais, em que se apóiam a imaginação e o lógos das respectivas sociedades. Ora, tal pano de fundo não é, apenas, um passado que ficou para trás, nas névoas do tempo. É um passado primordial sempre presente.
    A caracterização desse back-ground difere, para estes autores, desde os mitos fundadores da Civilização Ocidental emergentes da religiosidade órfica, que ensejou a presença do fascinator entre os gregos (para Ferreira da Silva), ou dos mitos ancestrais presentes na simbiose entre cristianismo e helenismo (para Adolpho Crippa), pasando por uma tradição barroca de mitos luso-brasileiros resgatáveis com o auxílio de uma espécie de cabala, em que a matemática entra como linguagem simbólica (em Paulo Mercadante) ou a partir de uma plataforma de mitos primordiais presentes nas antigas tradições espirituais – taoísmo, judaísmo, cristianismo, islamismo – (em Olavo de Carvalho).
    Apenas para ilustrar essa dinámica mítica, assaz estudada por Mircea Eliade (1907-1986) e outros, citemos a penetrante análise que o saudoso historiador português Jesué Pinharanda Gomes (1939-2019) faz da hermenêutica de Paulo Mercadante, na edição portuguesa da obra A coerência das incertezas: “Constitui um ensaio de filosofia da história universal, aplicada ao caso lusíada, nas vertentes portuguesa e brasileira. Passado cada dia que passa, o dia seguinte nunca é objecto de certeza matemática. Vai ser história na incerteza, pois a história acontece no mar da instabilidade, da conjuntura e dos acidentes, como se não houvesse categorias fixas, mas somente areias movediças. O que suporta a incerteza é o símbolo. Ele organiza os acontecimentos e faz prova de fé na acção. O símbolo organiza e estrutura, a realidade é sempre a mesma, o que muda, pelo menos na aparência, é o símbolo, o sistema de símbolos. Este revela, mas oculta, como tapete que vemos do lado direito, mas que tem avesso, o qual não vemos. Eis o poder: deste sabemos o que vemos, mas é-nos impossível vislumbrar o que está por detrás dele, como se algo nos fosse ocultado nas trevas que sustentam o poder, o exercício do poder. Governamo-nos com símbolos, mas ignoramos quem governa os símbolos”.
    Diferentemente dos autores citados acima (mais afinados, como salientei, com a hermenêutica da filosofia da história), sobressai, no campo da sociologia, José Arthur Rios[5] (1921-2017), discípulo de Eric Voegelin (1901-1985) na Luisiana State University, nos Estados Unidos, onde cursou a pós-graduação em ciências sociais. Rios publicou, na revista Carta Mensal, órgão do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio, no Rio de Janeiro, importantes trabalhos no terreno da problemática urbana, bem como da abordagem da questão agrária e das lutas sociais, notadamente no que tange à violencia. Entre os pensadores conservadores de inspiração hermenêutica, mencionados atrás, Paulo Mercadante assemelha-se, parcialmente, a José Arthur Rios, pelo fato de ter escrito, também, trabalhos de rigorosa sociologia, paralelamente às suas obras de filosofia da história.
    José Arthur Rios tinha feito os seus estudos de graduação em Niterói, na área das Ciências Jurídicas, tendo-se formado bacharel, em 1943, aos 22 anos de idade. Cursou, depois, Ciências Sociais, na antiga Faculdade Nacional de Filosofia, da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde teve oportunidade de estudar com sociólogos franceses de renome, como Jacques Lambert (1901-1991), Maurice Byé (1905-1968) e René Poirier (1900-1995). Obteve, posteriormente, o título de "Master of Arts" na Universidade de Lousiana, nos Estados Unidos. Pertenceu, depois, ao corpo docente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, tendo chefiado, ali, o Departamento de Sociologia e Ciência Política. Lecionou em outras instituições de ensino superior cariocas, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Santa Úrsula. Foi membro titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com sede no Rio de Janeiro (tendo eu vivenciado a honra de ser por ele indicado para integrar o mencionado colegiado).  Rios teve, também, destacada atuação em Universidades internacionais, como a da Flórida e a da Califórnia, nos Estados Unidos. Participou da edição brasileira do Dicionário de Ciências Sociais da Unesco, a cargo da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
    Nas suas aulas de Estudo de Problemas Brasileiros, na Pontifícia Universidade Católica do Rio, no Curso de Mestrado em Filosofia, do qual eu participava, em 1973, o professor Rios destacava as mudanças pelas que tinha enveredado a sociedade brasileira, no início dos anos 70. Havia no ar uma transformação radical. O Brasil, de país rural, estava-se convertendo, a passos agigantados, em sociedade moderna e urbana. José Arthur centrou a sua atenção, nas aulas, num ponto específico: a rápida transformação que a cidade do Rio de Janeiro estava sofrendo, no que tange à integração da antiga Zona Norte, mediante a expansão de vias de comunicação modernas e o surgimento de bairros abertos ao comércio de ponta, com a emergência dos notáveis "Shopping-Centers". "Querem conhecer o Brasil, meus caros alunos?" perguntava o Mestre Sociólogo. E respondia: - "Peguem o ônibus e vão para a zona Norte, observando o que mais lhes chamar a atenção".
    Na semana seguinte, o Mestre indagava, pacientemente, pelo relatório que cada aluno deveria ter feito da sua viagem a essa zona desconhecida. "O que mais lhes chamou a atenção?" - perguntava aos alunos que frequentavam a sua disciplina na PUC, geralmente provenientes das ricas esferas sociais -. Cada um de nós tinha de fazer um relatório vivencial do que tinha visto. No meu primeiro relatório, falei da viagem que fiz de ônibus, saindo de Copacabana para o Méier, o primeiro bairro da Zona Norte que, após a Tijuca, sofreu a grande transformação urbana, no contexto do que os planejadores denominavam de “cidades dentro de cidades”. Impressionou-me o "Shopping Center", inaugurado pouco tempo atrás, sobre a rua Dias da Cruz, que cruza o bairro do Sul ao Norte. Lojas de griffe, modernos restaurantes e lanchonetes, aquele povo cheiroso e bonito andando nas aprazíveis áreas de alimentação e lazer, e pelos amplos corredores, tudo com aquele ar refrigerado maravilhoso  e, ainda por cima, com música ambiental, nas quentíssimas tardes cariocas. "O Méier está virando cidade moderna, professor", foi a conclusão do meu relatório.
    Com o Mestre José Arthur Rios aprendi os rudimentos da Sociologia. E nunca mais larguei essa inicial curiosidade pelas estruturas e as mudanças sociais. Continuei fiel ao diálogo entre Filosofia, História das Ideias e Sociologia, que tem constituído o pano de fundo da minha obra. Entre 1994 e 1996, com a orientação e o apoio do saudoso amigo embaixador José Osvaldo de Meira Penna (1917-2017), fiz a pesquisa de pós-doutorado, em Paris, sob a orientação de Françoise Mélonio (1953), no Centro de Estudos Políticos Raymond Aron, vinculado à Haute École des Sciences Sociales. Estudei, na oportunidade, a mudança social que se deu nos Estados Unidos, após a Independência das treze colônias, em 1776, a partir das análises feitas por Alexis de Tocqueville (1805-1859), na sua obra prima: Da Democracia na América. A conclusão do meu trabalho apontava para os caminhos que as democracias sul-americanas poderiam trilhar, à luz das análises feitas por Tocqueville. Terminei sintetizando esse meu estudo na obra intitulada: A Democracia Liberal segundo Alexis de Tocqueville (São Paulo: Mandarim, 1998).
    José Arthur Rios desenvolveu, nas últimas décadas, importantes trabalhos de consultoria e pesquisa, no seio do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio, no Rio de Janeiro, no campo da problemática social urbana, bem como na abordagem da questão agrária e das lutas sociais, notadamente no que tange à violência.
    José Arthur Rios publicou, outrossim, muitos ensaios sobre a problemática da corrupção e da violência no Brasil, na Carta Mensal e na obra, em colaboração com outros pesquisadores de renome, intitulada: Crime e Castigo (organizada pela Confederação Nacional do Comércio, no Rio de Janeiro, e ainda inédita). José Arthur era, também, poeta. Deixou vários livros nessa bela seara, tais como: Câmara escura (Rio de Janeiro, 1972); Poemas do cuco (Rio de Janeiro, 2004) e Objetos não são coisas (Rio de Janeiro, 2013).
   O nosso autor pertenceu ao grupo de pensadores tradicionalistas que integravam o Centro dom Vital, criado por Jackson de Figueiredo (1891-1928). Casou com a filha dele, Regina Alves de Figueiredo, já falecida. A ensaística do meu amigo era, antes de tudo, agradável, feita a partir de uma leveza de expressão de refinado e bem-humorado causeur. José Arthur soube enquadrar a posição tradicionalista do Centro, numa atitude conservadora e tolerante com outras vertentes de pensamento. Sem dúvida que as suas pesquisas, na seara da Sociologia, ajudaram-no a burilar a inspiração inicial. Pela sua riqueza humanística e pelo belo estilo que ornou os seus escritos, eu o teria candidatado para a Academia Brasileira de Letras.
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA

RIOS, José Arthur. A educação dos grupos. Rio de Janeiro, 1954.
RIOS, José Arthur. A Reforma Agrária: problemas, bases, soluções (em coautoria). Rio de Janeiro, 1964.
RIOS, José Arthur. Câmara escura. Rio de Janeiro, 1972.
RIOS, José Arthur. Ensaios de olhar e ver. Rio de Janeiro, 2011.
Rios, José Arthur. Crime e Castigo. Rio de Janeiro: Confederação Nacional do Comércio. (No prelo). 
RIOS, José Arthur. Estudo de problemas brasileiros. Rio de Janeiro, 1964.
RIOS, José Arthur.  O artesanato cearense. Rio de Janeiro, 1963. 
RIOS, José Arthur. Objetos não são coisas. Rio de Janeiro, 2013.
RIOS, José Arthur. Poemas do cuco. Rio de Janeiro, 2004.
RIOS, José Arthur. Problemas humanos das favelas cariocas. Rio de Janeiro, 1960.
RIOS, José Arthur. Recomendações sobre a Reforma Agrária (em coautoria). Rio de Janeiro,  1961.
RIOS, José Arthur. Social Transformation and Urbanization - The case of Rio de Janeiro. University of Winsconsin- Milwaukee: Center for Latin-American Studies, 1971.
RIOS, José Arthur. Sociologia da corrupção (em co-autoria). Rio de Janeiro, 1987).
RIOS, José Arthur. The University Student and Brazilian Society. Michigan State University: Latin American Studies Center, 1971.



NOTAS

[1] Embora um pouco anterior ao recorte cronológico que me propus neste trabalho, porquanto falecido em 1963, não podia deixar de mencionar aqui o nome de Vicente Ferreira da SILVA, porquanto constitui um arquétipo que será seguido pelos autores posteriores arrolados nesta corrente de pensamento. Considerado por Miguel Reale como a maior vocação metafísica do Brasil, este autor desenvolveu aprofundada crítica à tecnocracia de inspiração positivista, em que se vazou o projeto modernizador brasileiro. A posição do nosso autor encontra-se, notadamente, nos seus ensaios sobre educação, sociologia e política. Cf. SILVA, Vicente Ferreira da, Obras Completas, (prefácio de Miguel Reale), São Paulo: Instituto Brasileiro de Filosofia, 1964, vol. II, pg. 433-492.
[2] Cf. CRIPPA, Adolpho. Mito e cultura, São Paulo: Convívio, 1975; (coordenador) As idéias políticas no Brasil, São Paulo: Convívio, 1979, 2 vol.; (organizador), Rumo ao terceiro milênio – Um projeto para o Brasil, Rio de Janeiro: Expressão e Cultura / Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB), 1989; (organizador), Democracia e Desenvolvimento, São Paulo: Convívio, 1979. A partir da Revista Convivium, editada trimestralmente, de forma ininterrupta, entre 1963 e 2000, Adolpho Crippa ensejou um espaço aberto para o debate político, num contexto democrático e pluralista, equivalente ao que, no período getuliano (embora com definido caráter conservador-autoritário), tinha conseguido efetivar Almir de Andrade (1911-1991) com a revista Cultura Política. Junto com a Revista Brasileira de Filosofia (publicada por Miguel Reale, entre 1949 e 2006), a revista Convivium constituiu a mais importante instância de debate político, num ambiente liberal de tolerância e de respeito à liberdade.
[3] Cf. MERCADANTE, Paulo. A consciência conservadora no Brasil – Contribuição ao estudo da formação brasileira. 1ª edição, Rio de Janeiro: Saga, 1965; Tobias Barreto na cultura brasileira – Uma reavaliação, (introdução de Miguel Reale), São Paulo: Grijalbo, 1972 (em co-autoria com Antônio Paim); Portugal – Ano zero, Rio de Janeiro: Artenova, 1975; Militares & Civis – A ética e o compromisso, Rio de Janeiro: Zahar, 1978; Graciliano Ramos – O manifesto do trágico, Rio de Janeiro: Topbooks, 1994; A coerência das incertezas – Símbolos e mitos na fenomenologia histórica luso-brasileira. (Introdução de Olavo de Carvalho). São Paulo: É realizações, 2001.
[4] In: Portal de Olavo de CARVALHO -  http://www.olavodecarvalho.org/espanol/datos1.htm (consulta em 14-11-2011). As obras mais representativas deste autor, no terreno do pensamento político, são: Símbolos e Mitos no Filme "O Silêncio dos Inocentes". Rio de Janeiro: IAL & Stella Caymmi,1993; Os Gêneros Literários: Seus Fundamentos Metafísicos. Rio de Janeiro: IAL & Stella Caymmi, 1993. O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras. Rio de Janeiro: Faculdade da Cidade Editora e Academia Brasileira de Filosofia, 1996;  O Futuro do Pensamento Brasileiro. Estudos sobre o Nosso Lugar no Mundo, Rio de Janeiro: Faculdade da Cidade Editora, 1997, 1998. A Longa Marcha da Vaca para o Brejo: O Imbecil Coletivo II. Rio de Janeiro: Topbooks, 1998.
 [5] Cf. RIOS, José Arthur. The University Student and Brazilian Society, Michigan State University: Latin American Studies Center, 1971. Social Transformation and Urbanization – The case of Rio de Janeiro, University of Winsconsin – Milwaukee: Center for Latin-American Studies, 1971; “Raízes do marxismo universitário”, In: Carta Mensal, Confederação Nacional do Comércio, Rio de Janeiro, vol. 45 (nº 538, janeiro 2000): pg. 39-59; Sociologia da corrupção, Rio de Janeiro: Zahar, 1987 (em co-autoria com Celso Barroso LEITE e outros autores).

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