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sábado, 22 de setembro de 2018

SANGUE, SUOR E LÁGRIMAS

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicou na sua conta do Facebook, na quinta-feira 20 de setembro, carta aos eleitores brasileiros, alertando-os para o grave momento que vive o Brasil, nestes tempos de campanha presidencial polarizada entre a esquerda e a direita. 

Gostaria de que o ex-presidente gozasse da autoridade moral de Winston Churchill às vésperas da Segunda Guerra Mundial, quando, diante da claudicação dos diplomatas franceses e ingleses em face do perigo totalitário, decidiu com mão firme empunhar o leme da nau do Estado inglês, a fim de fazer frente ao perigo nazista, com a famosa trilogia: "Sangue, suor e lágrimas". Mais do que o perigo da direita, o que o líder inglês antevia era o perigo do totalitarismo representado na  aliança dos autocratas do momento: Hitler e Stalin. E esse perigo somente poderia ser conjurado com sacrifício e determinação.

O grande perigo que se cerne sobre o cenário brasileiro é Lula e o totalitarismo petista. Alcunhar de totalitária a reação representada por Jair Bolsonaro é uma impropriedade. Porque quem semeou ventos ao longo destes quatorze anos foi Lula e a sua tresloucada coorte de militantes. O petismo invadiu as frestas do edifício do poder, estando hoje presente, para infelicidade de todos nós, até nas mais altas instâncias da magistratura. A reação da sociedade, externada nas passeatas multitudinárias que desde 2013 ocuparam praças e avenidas das cidades brasileiras, foi justamente contra essa proposta partidária de uma sigla se apossar do Estado, olhando unicamente para os interesses de enriquecimento ilícito das suas lideranças.

Chega de totalitarismo! O Brasil precisa do oxigênio da liberdade para dar vazão aos seus anseios. O que a sociedade brasileira quer é paz, tranquilidade, respeito aos valores tradicionais da família e da religião, tolerância, trabalho e ordem. Queremos Escola sem partido. Queremos pluralismo e rotatividade no poder, não projetos hegemônicos. Queremos a aplicação da lei, que deve valer para todos. Queremos que a Operação Lava Jato chegue a feliz término, colocando na cadeia quem tiver roubado dinheiro dos brasileiros. Nestes momentos de expectativa, o pior que pode acontecer é silenciar a voz da sociedade, externada nos temores da classe média dignamente representada por Jair Bolsonaro. Fechemos fileiras ao redor dele, para recompor o esgarçado tecido social das nossas instituições republicanas. O pior cenário para o Brasil seria termos de novo o lulopetismo no poder, com o seu projeto totalitário de partido hegemônico e de socialismo ultrapassado.

Fernando Henrique Cardoso que ensejou, no seu primeiro mandato, valorosa proposta para recuperação da economia com a política de privatizações e de controle sobre o gasto público, ao longo do seu segundo mandato, infelizmente, declinou para uma ideologização esquerdizante, pavimentando o caminho para a entrada de Lula na seara do poder. FHC já deixou claro para onde penderia o seu voto nestes cruciais momentos, embalado na tentação "social-democrata" que tem horror a desagradar aos radicais esquerdistas do momento. 

Teria sido melhor que ficasse calado.

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