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terça-feira, 17 de maio de 2016

UMA JANELA PARA O FUTURO


A "Ponte para o Futuro", documento-guia do Presidente Interino Michel Temer é, na verdade, uma Janela para o Futuro, enquanto o Senado da República não decidir , daqui a 177 dias, a sorte definitiva do impeachment da presidente Dilma.

Enquanto isso, torna-se necessário manter firme, na mente, a finalidade dos movimentos de rua, dos protestos dos cidadãos veiculados pela imprensa e pela mídia digital, bem como da campanha deflagrada pela Oposição no Congresso contra o regime lulopetralha. 

O alerta é tanto mais necessário quanto que os petralhas, desde Lula e Dilma até o último militante, são espíritos totalitários que somente enxergam o lado deles, não lhes interessando a sorte dos outros. Conseguiram, em 14 anos, quebrar definitivamente a maior estatal brasileira e, não contentes com isso, destruíram as bases da economia do país, tendo tentado, também, esvaziar as instituições republicanas, a fim de que reinasse, sozinho, o PT como "Novo Príncipe" do sonho megalomaníaco do ex-metalúrgico de São Bernardo do Campo e da sua troupe.

Pois a retórica lulopetralha, que ainda anda solta por aí, tenta passar a ideia de que o buraco causado por Lula, Dilma e a petralhada, foi um pesadelo bolado pela Oposição para se apropriar do poder, tendo deflagrado um esquisito "golpe parlamentar" contra a legitimamente eleita "presidenta" nas eleições presidenciais passadas. Essa versão é replicada pela odiosa ditadura cubana e os organismos bolivarianos como a UNASUL, aos quatro cantos do Planeta, tendo sido Dilma e Lula os autores da mentirosa versão.

Um primeiro ponto para recordar: os eleitos em 2014 foram Dilma e Temer, este representante do maior partido da base aliada, o PMDB. Se não se pode questionar a legitimidade da eleição de Dilma, por ter obtido 54 milhões de votos, tampouco se pode questionar a do seu vice, Michel Temer, que também os recebeu. Mas convém lembrar que a chapa vencedora nas eleições presidenciais não foi eleita na Lua, mas num país como o Brasil, com instituições republicanas em pleno funcionamento, em que consta, como um ponto irremovível da legislação, a responsabilidade do Executivo pelos seus atos. Ora, a senhora presidente foi encontrada responsável pelas "pedaladas fiscais" que nos levaram ao fundo do poço, bem como pela quebra da Petrobrás. Ela e seu governo perderam totalmente a credibilidade perante os brasileiros. Por esse motivo foi que a Câmara dos Deputados, primeiro, e logo o Senado, deram a sua aprovação ao processo de impeachment. A mesma legislação que estabelece a responsabilidade do Presidente da República e dos seus ministros perante a Nação, dispõe também que, em caso de afastamento do Presidente, seja o seu vice o primeiro a substituí-lo. É o que está acontecendo neste interregno. Temer é substituto legal e provisório, enquanto o Senado não der a última palavra sobre o afastamento definitivo da Dilma. Se for aprovado definitivamente o impeachment, ele se tornará Presidente legítimo pelo resto do período do mandato para o qual foi eleito em 2014.

Um segundo ponto para recordar: o problema dos petralhas e, principalmente de Lula e Dilma, radica no viés irresponsável do neopopulismo carismático em que pegaram carona. Diferentemente dos líderes populistas do século passado que, como Getúlio, apesar do clima autoritário que ensejaram, criaram, no entanto, instituições que visavam modernizar a economia do pais dotando-o de mecanismos de participação sindical e de conselhos que garantiriam o "equacionamento técnico dos problemas", os atuais "neopopulistas" são, como frisava o professor Taguieff em conhecido estudo sobre o fenômeno, demagogos cínicos, porquanto destroem as instituições do seu país, tirando aos cidadãos a possibilidade de reagir contra os abusos praticados. 

Essa sina de atraso e destruição não foi apenas do PT. Foi também dos outros bolivarianos acobertados pelo Foro de São Paulo, criado por Lula e Fidel Castro nos anos 90 do século passado. Bolívia, Equador, Venezuela pagam um preço alto pelo neopopulismo irresponsável dos seus líderes. A Venezuela, principalmente, já ao borde da guerra civil, paga com o preço das vidas dos venezuelanos e com o negro horizonte, pela "criatividade messiânica" do seu mentor, o finado coronel Chávez. 

Nestes poucos dias de governo interino de Michel Temer, os radicais congressistas petralhas, bem como os seus auxiliares dos movimentos sociais, já trabalham arduamente, com discursos incendiários e agitação nas cidades turbinada pelo MST e quejandos, para que o Senado afaste definitivamente Dilma do cenário político. A esquerda radical é burra, sempre foi burra. Lembro das famosas greves de "apoio ao companheiro presidente" promovidas pelos militantes da extrema esquerda no Chile, nos anos 70 do século passado, que simplesmente aceleraram a queda de Allende. 

Felizmente a Classe Média brasileira reagiu em tempo e, pressionando o Congresso, o Ministério Público, a Imprensa e a Magistratura, conseguiu que a primeira etapa do impeachment fosse vencida. Sim, foi a Classe Média, tão vilipendiada pelos populistas caboclos e tão xingada pelos "intelectuais" de esquerda, que fez apear Dilma do poder. A Classe Média como portadora dos valores que dão sustentabilidade à ideia de Pátria. A Classe Média, com a imprensa livre, com a mídia não dependente das bolsas estatais e com os Políticos e Magistrados que compraram a sua briga. A Classe Média da qual fazem parte as nossas Forças Armadas. Os setores populares, presos na cilada das "bolsas vale tudo" dadas gananciosamente pelos governos petralhas, foram se somando ao descontentamento da Classe Média e, todos eles em sua maioria, colocaram Dilma para fora.

Continuemos, portanto, vigilantes, para que a Janela para o Futuro do atual governo se torne, efetivamente, a Ponte para o Futuro, apresentada por Michel Temer e a sua equipe.

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