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terça-feira, 18 de agosto de 2015

O ROUCO CLAMOR DAS DAS RUAS

Passeata de 16 de Agosto em Londrina: 25 mil participantes. (Foto: Ricardo Fernandes)

Este escriba na passeata do dia 16 de Agosto em Londrina. (Foto: Ricardo Fernandes).

As passeatas de domingo passado, 16 de Agosto, não se esgotam na convocação, pelas redes sociais, feita pelo Movimento Brasil Livre e outros. Nem esta nem as anteriores manifestações populares  ficaram restritas a essas iniciativas. O movimento das ruas que o Brasil redescobriu de dois anos para cá mostra a insatisfação crescente da sociedade com o desgaste do atual sistema político de presidencialismo de compadrio. Os movimentos que conclamam para as manifestações vão evoluir, ao que tudo indica, para a formação de partidos políticos. A luta pelo poder exige isso. E é bom que aconteça. Falta, no Brasil de hoje, o surgimento de siglas partidárias descoladas da máquina patrimonialista que terminou sendo domesticada pelo PT. Se os partidos de oposição quiserem sobreviver, deverão entrar em contato com essa tendência, que se processa nas entranhas da sociedade brasileira. Menos conformismo e mais coragem. Menos politicamente correto e maior combatividade. Em face da ação deletéria da esquerda burra, é de primeira necessidade que surjam partidos de direita, de inspiração liberal-conservadora, que coloquem sobre o tapete da disputa política um plano de reformas essenciais na política, na economia e na cultura.

No ensolarado domingo 16 de Agosto os brasileiros saíram novamente às ruas, para fazer ouvir as suas reclamações em face da surdez sistemática do governo petralha. Mais de um milhão de cidadãos desfilaram pacificamente por ruas, praças e avenidas. As mensagens dos manifestantes? Praticamente as mesmas das passeatas anteriores, dos meses de Março e Abril. Chega de corrupção! Chega de gastança irresponsável do dinheiro público! Chega de arrocho para o povo enquanto o governo não controla gastos! Fora Dilma! Impeachment nela! Fora PT! Chega de marxismo nos altos escalões do governo e nos demais níveis da administração pública federal! Chega de roubalheira em nome do povo! Ponto final para a imoralidade dos que mandam, alicerçada no marxismo gramsciano com a finalidade de corroer os valores da nossa sociedade!

Essas vozes de indignação foram engrossadas com as que manifestavam apoio ao juiz Sérgio Moro e às atividades investigativas do Ministério Público e da Polícia Federal. Outra voz indignada: “Lula no xilindró”. O enorme boneco que, em Brasília, reclamava isso com a legenda: 13=171 fazia-se eco da exigência de milhões de manifestantes para que fossem levados à barra dos tribunais todos os envolvidos no escândalo do Petrolão, a começar pelo chefe, Lula da Silva, que segundo as investigações da operação Lava Jato aparece, agora, ligado aos meliantes nas gravações telefônicas feitas pelas autoridades. Em menor escala, alguns grupos exigiam intervenção militar já.

Um fato novo: o senador oposicionista Aécio Neves juntou o seu protesto contra o governo às vozes dos manifestantes em Belo Horizonte. De outro lado, foram numerosos os que, com cartazes, destacavam que os cidadãos brasileiros não se deixarão intimidar pelas ameaças totalitárias dos militantes petralhas que, do alto dos seus cargos de chefes de sindicatos filiados ao PT, ameaçam quem ousar protestar com ações armadas. A Venezuela não é aqui! Bolivarianos fora do Brasil! Em mais de 200 cidades brasileiras fizeram-se ouvir essas vozes de protesto e de rejeição ao governo petralha. Em Londrina, onde moro, os manifestantes foram calculados em 25 mil.

Qual será a resposta de Dilma aos brasileiros indignados? Ela já começou a ladainha de obviedades que nada dizem: o Brasil é um país democrático onde as pessoas podem protestar. Tudo bem: e qual será a sua resposta efetiva diante do clamor das ruas? Até agora, o máximo que tentou foi arquitetar conchavos entre quatro paredes, a fim de fazer melar a Operação Lava Jato e obstaculizar o caminho para uma livre investigação por parte do TCU sobre os gastos na gestão passada. Nessa queda de braço entre a presidência da República e o eleitorado, certamente Dilma está perdendo a parada: a sua popularidade mal chega aos 8%, segundo as últimas pesquisas. É evidente que um governo assim deve acabar. O melhor para o Brasil seria que Dilma renunciasse a um cargo para o qual jamais esteve preparada. Mas o seu orgulho de topeira e a sua convicção ideológica afinada com o totalitarismo marxista são obstáculos para que ela chegue à solução esperada. Mais pressão virá das ruas. Os cidadãos indignados não vão se calar. Os atuais arquitetos do caos, instalados no Planalto e nos ministérios podem estar seguros de que os dias de poder do PT estão terminando. O Brasil não tolera mais a existência de “donos do poder”.



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