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sexta-feira, 21 de agosto de 2009
O CHAPOLIN E O CHÁVEZ
“O Convênio Andrés Bello (CAB) proibiu a instalação, em Bogotá, da mostra em que um artista colombiano retrata o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, como o super-herói Chapolin Colorado, ao considerar que a obra é uma falta de respeito ao líder. A obra do artista plástico Jorge Méndez era patrocinada pelo Convênio Andrés Bello, organismo de integração criado em 1970 que tem 12 países ibero-americanos como membros, e que depois acabou decidindo cancelar a exposição. Os convites da mostra apresentavam Chávez vestido como Chapolin Colorado, personagem criado pelo humorista mexicano Roberto Gómez Bolaños na década de 1970. Em entrevista a um site local, o artista disse que proibir a obra foi um equivoco, alegando que a exposição não foi totalmente vista. Segundo ele, a direção do instituto cultural não prestou atenção em todos os elementos estilísticos da obra, e olharam apenas o lado político” (O Estado de S. Paulo, 21 de agosto de 2009).
Caros leitores, diante desta notícia, tenho a dizer que não concordo com a proibição, nem com o motivo apontado: arte é arte e o que o artista plástico Jorge Méndez fez foi uma recriação da realidade. Impedir a exposição de apresentar a mencionada obra é mais um episódio de “censura politicamente correta”. Se de falta de respeito se tratasse, poder-se-ia alegar pouca consideração para com o super-herói Chapolin Colorado, que alegrou as manhãs de gerações de tele-ouvintes. O Chapolin era ingênuo, simpático, divertido, enquanto o Chávez faz chorar criancinhas. Numa superposição de imagens Chávez/Chapolin, certamente sai perdendo o segundo. Mas a figura criada por Roberto Bolaños é tão simpática, que serve até para descontrair um pouco em face da carranca do autocrata do Palácio Miraflores. O que o artista plástico Jorge Méndez fez foi tentar descontrair o público com a superposição de figuras, criando uma espécie de Chapochávez.
E por falar em censura “politicamente correta”, esta jamais poupou líderes chamados “da direita”. Quantas caricaturas e colagens se fizeram com Bush ou com Pinochet, quando este ainda estava vivo! Pretender censurar a obra de Jorge Méndez, só porque representa o caudilho bolivariano é, a meu ver, inaceitável. Dois pesos e duas medidas! Algo tão sinistro quanto a censura judicial contra o Estadão porque revelou os podres do patriarca patrimonialista do Maranhão, só porque ele é aliado do Lula! Convenhamos: os administradores do Convênio Andrés Bello pegaram pesado e se alinharam à censura “politicamente correta”, num ato ideológico que empobrece as relações culturais entre os países ibero-americanos. Mais uma claudicação dos intelectuais perante a onda populista que grassa no nosso Continente!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirConsidero Chavez um monstrego que deveria ser eliminado o mais rápido possível. Chavez é uma pornografia que deveria ser proibida para menores e maiores de um mês. Somente no governo Lula suas medidas restritivas à liberdade de imprensa são considerads normais, ou mentirosas, sendo que o tipo nojento que disse isso é aquele Marco Aurélio Garcia, que fez gestos obscenos justo quando o Brasil chorava os mortos no terrível desastre de 2007, e que teve grande responsabilidade deste governo desgovernado. Chapolin, que não conheço é que deveria se sentir ofendido nesta brincadeira.
ResponderExcluirAté indiretamente o Chávez apronta mais uma das suas!
ResponderExcluirSéria cômico se não fosse triste!
Abraço