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sábado, 30 de setembro de 2017

GRAMSCISMO E MORTE CULTURAL

Um dos quadros da exposição do Santander em Porto Alegre em que o Crucifixo, imagem central do Cristianismo, é ofendido. (Imagem: blog do Rodrigo Constantino).

Não podemos tolerar o atentado aos valores humanísticos e à tolerância religiosa perpetrado pelo Banco Santander, com a exposição realizada recentemente, em Porto Alegre, que viola princípios básicos do convívio civilizado. Não podemos tolerar que, num espaço público dedicado à cultura, como o MAM em São Paulo, seja montada exposição que corrompe criancinhas, induzidas a acariciarem o corpo de um homem nu. Isso em vivo e em direto.

Como petralhas e assemelhados foram chutados para fora do poder pela sociedade brasileira, essas minorias de dementes e corruptos partiram para o ataque gramsciano com todas as armas. O que estamos assistindo, nas últimas semanas, em Porto Alegre e em São Paulo, revela claramente o desespero dos totalitários. Querem tumultuar o ambiente atacando de forma descarada a denominada "moralidade burguesa". Só cabe uma resposta: polícia nessa turma de sem-vergonhas! Não podemos cair na esparrela políticamente correta de dar conselhos aos fascínoras para "melhorar" as suas demonstrações de niilismo cívico. Em face de um atentado descarado contra os valores em que acreditamos, a resposta deve ser clara e contundente. Não transigiremos com o ataque covarde aos valores em que acreditamos!

Chega de artimanhas gramscianas para destruir a família e os tradicionais valores cristãos, que formam parte da nossa herança cultural. Esses atentados são caso de polícia. 

Primeira providência: a pressão da sociedade funcionou no caso da exposição do Banco Santander em Porto Alegre. Os responsáveis tiveram de devolver já o dinheiro público que receberam (quase um milhão de reais) à sombra da Lei Rouanet.  Segunda providência: é necessário enquadrá-los criminalmente por esse atentado ao Cristianismo e à dignidade das nossas crianças. Nesse contexto inscreve-se também a exposição do MAM, em São Paulo, a que fiz referência no início deste comentário. 

Não é de hoje que minorias tentam impor o controle totalitário das manifestações culturais, tirando da família o sagrado dever de educar as crianças na preservação dos valores caros à sociedade. Já o filósofo Platão, na antiga Atenas, buscava sanar os excessos de libertinagem propiciados pelos Sofistas, entregando à Pólis (o poder político da Cidade) a educação das crianças, que não seriam mais formadas no seio da família, mas diretamente pelo Estado, que deveria programar a eugenia, com vistas a garantir a formação de defensores de Atenas. A medida platônica somente acelerou o que já estava em andamento: a definitiva derrota da bela cidade pelos seus inimigos, primeiro pelos espartanos e, logo pelos bárbaros, encarnados nas hostes de Filipo da Macedônia.

Felizmente de Atenas veio também o remédio contra o despautério platônico. O discípulo de Platão, Aristóteles de Estagira, de origem macedônica, não viu com bons olhos o enquadramento dos cidadãos pelo poder total da Pólis, tendo reabilitado a família como “célula mater” da sociedade e primeiro núcleo de educação, sem o qual ruiria todo o edifício social. Na construção da “classe média” majoritária que deveria governar a Cidade, o Estagirita colocou a família como primeiro degrau no processo educacional. Aristóteles restabeleceu o embasamento das práticas educacionais e culturais nas tradições ancestrais da Cidade, a fim de dar estabilidade a Atenas.

Não há dúvida de que a Filosofia Cristã, que se firmou na Idade Média, deve a Aristóteles o fato de ter colocado a família em papel de destaque na organização do Estado. São Tomás de Aquino, na sua magna obra, atualizou a herança aristotélica, colocando-a no contexto da concepção cristã da pessoa humana e à luz dos princípios de solidariedade e subsidiariedade, que pervivem na moral social ocidental.

Mas se a solução que sacrificava a família trouxe infelicidade para Atenas, no mundo moderno foi retomada pelos filósofos do Iluminismo, notadamente por Jean-Jacques Rousseau. O Estado deveria cuidar da formação do cidadão, a fim de resgatá-lo das deformações impingidas a ele pela sociedade mercantilista. Os “puros”, despidos da defesa dos interesses individuais, encarregar-se-iam de reeducar os indivíduos, a fim de matar, neles, os interesses individuais e formata-los de acordo ao “interesse público”. Assim nasceu, lembra Talmon (em As origens da democracia totalitária) o totalitarismo moderno, com os milhões de vítimas que o estatismo doentio produziu nos séculos XVIII a XX, e com as ameaças apocalípticas que se cernem sobre a Humanidade à sombra do totalitarismo hodierno, representado pelo déspota nor-coreano, Kim Jong Um.

No Brasil, o capítulo do totalitarismo começou a ser reescrito recentemente no ciclo lulopetista, que achou no gramscismo a forma de se justificar como “revolução cultural”. Tudo na política nacional deve girar ao redor do Estado, revivendo o princípio totalitário fascista de: “tudo dentro do Estado, nada fora dele”. Assim se configurou a maluca apologia totalitária copiada servilmente pela esquerda radical brasileira. Não contentes com afundar o Brasil na pior crise econômica e política da sua história, os gramscianos partem para aprofundar a crise moral da nossa sociedade, subvertendo os valores fundantes da nacionalidade pátria: família, religião, respeito à autoridade legitimamente constituída. O que vale são os princípios apregoados em alto e bom som pelos “intelectuais orgânicos”, para consolidar a hegemonia do PT, alçado à condição de “Novo Príncipe”.

Ora, como não conseguiram essa façanha nos terrenos econômico e político, os irresponsáveis pregoeiros do caos tentam inviabilizar a reação da sociedade brasileira que os enxotou do poder, tornando inviável a vida social, mediante a subversão e o aniquilamento dos valores caros à nossa tradição brasileira: família, religião, escola. A nova moral social apregoada por Lula e comparsas dedicou-se a corromper a juventude mediante as polpudas mesadas distribuídas com regularidade aos Diretórios Estudantis das Universidades Públicas, tendo sido elas tomadas de assalto pelos arquitetos do caos. A produtividade acadêmica foi substituída pela maconha e pelo grevismo crônico. Somente assim se explica a brutal descida das nossas Universidades públicas na escala de classificação internacional.

A sociedade brasileira reage, felizmente, contra o atentado à moral social perpetrado pelos gramscianos do Banco Santander, em Porto Alegre, e do MAM, em São Paulo, nessas fajutas "exposições culturais". Estamos atentos!


3 comentários:

  1. O prezado amigo sempre preciso no que diz.

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  2. Texto impecável, que traduz o sentimento de indignação das pessoas dotadas de bom senso. Parabéns, mestre e amigo, pelas lúcidas palavras.

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